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19 de abril de 2024

A (i)mobilidade urbana e as cidades caminháveis


Por Engenharia Urbana - Diego Sanches Publicado 01/04/2019 às 20h00 Atualizado 20/02/2023 às 21h32
 Tempo de leitura estimado: 00:00

As cidades brasileiras cresceram em uma velocidade maior à sua capacidade de planejamento. Empregos e serviços concentram-se nas regiões centrais, enquanto a periferia tem uma densidade populacional cada vez maior. Grande parte dessa população precisa de transporte público, que geralmente é de baixa qualidade. Enquanto isso, a isenção de impostos para compra de carros prioriza o transporte motorizado individual. Tudo isso alimenta um grande círculo vicioso, em que nossas cidades ficam cada vez mais “travadas” e nós, dependentes dos automóveis.
E o que podemos fazer para quebrar esse círculo vicioso? A resposta é complexa e passa pela redução da desigualdade social, políticas do uso do solo, uso de inovações tecnológicas, e integração entre os níveis de governo e o setor privado.

Uma das formas de melhorar a mobilidade das nossas cidades é torná-las melhores para se caminhar. Além disso, cidades que investiram em planos de mobilidade urbana voltados à pedestres, tiveram muitos outros benefícios, como aponta o relatórios “Cities Alive: Towards a a walking world” ou “Cidades Vivas: Rumo a um mundo caminhável”, em tradução livre.
São eles:
• Saúde e bem estar – Pessoas fisicamente ativas vivem mais. Andar na cidade também traz benefícios para a saúde mental, pois diminui o risco de stress, ansiedade e depressão, e dá boas chances de um sono melhor.
• Segurança – De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 270 mil pedestres perdem a vida anualmente no mundo todo em acidentes de carro. A diminuição do uso dos automóveis com certeza pode impactar esses trágicos números. Além disso, quanto mais pessoas andando na rua, maior é a sensação de segurança da população. No lugar de investimentos em sistemas de vigilância, teremos os “olhos da rua”.
• Igualdade e coesão social – Todos são pedestres. Mesmo os que dirigem e/ou usam transporte público, em algum momento atravessam a rua. Andar é o meio de transporte mais acessível e democrático. Acontece um impacto positivo também na socialização, pois andar mais encoraja a interação entre as pessoas, despertando o senso de comunidade.
• Economia local – O uso do carro favorece o comércio estruturado em shoppings centers. Uma rede urbana caminhável favorece outros tipos de comércio, como o surgimento de lojas menores. Além disso, a possibilidade de andar a pé pela cidade impulsiona o turismo, impacta a vida cultural e a sociabilidade.

E como podemos melhorar a caminhabilidade?
Segundo o artigo do livro “Cidades de Pedestres”, existem seis aspectos diferentes para se analisar o quanto um trecho é atrativo e acessível para pedestres:
• A calçada em si – O “hardware”, suas condições gerais de manutenção e o material usado.
• Atratividade – Conceito que abrange desde os locais que o espaço conecta, determinando o volume de seu fluxo, até a parte visual das fachadas.
• Segurança viária – A velocidade permitida na via adjacente é um fator que contribui para a usabilidade de uma calçada.
• Ambiente – É importante considerar se o trecho é arborizado, barulhento, tem sombra ou não.
• Mobilidade – O equipamento conta com ciclovias e está próximo do sistema de transportes?
• Segurança Pública – Item especialmente influente para o uso de qualquer espaço público.
E você, qual a sua opinião sobre o assunto?
Costuma se locomover a pé?
Seu bairro tem calçadas de qualidade?

Pauta do Leitor

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