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18 de abril de 2024

Para manter-se, “até o osso”


Por Gilson Aguiar Publicado 23/07/2018 às 19h45 Atualizado 17/02/2023 às 18h28
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O desemprego avança, após meses de recuo. Ele atingiu em junho 13,3% da população e diante do ambiente de incerteza tende a não recuar tão cedo. Os investimentos na produção caem e após a greve dos caminhoneiros parte considerável do setor produtivo ainda conta os prejuízos. O ano de eleição aumenta a incerteza.

Os brasileiros que tem sua renda em queda ou estão desempregados vão a busca de uma forma de esperar dias melhores. Uma delas é recorrer as reservas, a poupança. Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Imbre), ligado a Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta que, este ano, 13,3% dos brasileiros queimaram suas reservas financeiras para manter-se no dia-a-dia. Em 2010, esta prática foi executada por 7,5% da população. O ano em que as pessoas mais recorreram as suas reservas para a manutenção da vida diária foi 2016, 17,5%.

No ano passado, desde de 2015, os depósitos tinham superado os saques nas cadernetas de poupança, R$ 17,12 bilhões. Porém, nos primeiros dois meses deste ano, os saques voltaram a superar os depósitos, R$ 6,3 bilhões. Deve-se levar em conta as despesas tradicionais do início do ano. Em abril, a caderneta de poupança voltou a ter saldo positivo em depósitos de R$ 1,237 bilhão. Os dados são do Banco Central. Comportamento que pode se reverter com a tendência do ambiente econômico e político vivido no país.

85% dos brasileiros tem caderneta de poupança ou a chamada “conta poupança”. O que não implica de estarmos diante de uma população de poupadores. Vale lembrar que o Brasil tem um dos piores índices de comportamento financeiro quando o assunto é reserva para emergência. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), os brasileiros são os mais vulneráveis em caso de emergência. 44% da população do país considera impossível levantar fundos diante de necessidade. Para piorar, 73% dos brasileiros não conseguiram cobrir seus gastos em 90 dias.

O futuro chega, de forma esperada ou inesperada. Ele deve repousar na nossa mente como consequência dos nossos atos. Porém, para a maioria da população o “futuro” é logo “ali”. Não se tem um planejamento além de 120 dias. As prestações assumidas, as consequências de uma atitude pessoal, parece não se vincular a uma história de vida financeira que terá muitos anos pela frente. “Colhemos o que plantamos”, esta frase é crucial e deve ser cultivada como uma verdade. De preferência, nas contas, “na ponta do lápis”.

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