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18 de abril de 2024

Não somos iguais


Por Michele Thomaz - Trainer em PNL/Manual da Mente Publicado 26/09/2019 às 01h32 Atualizado 24/02/2023 às 09h24
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Imagine uma sala de aula com quarenta alunos. Todos tratados pelo professor da mesma forma. A programação da aula é de um conteúdo apresentado dentro de parâmetros padronizados. O “mestre” planeja que todos atinjam o desempenho esperado. A forma de apresentação segue o que já se tem como tradição, ou seja, uma explanação, seguida ou não por slides e em algum momento um exemplo da vida cotidiana.

Aqui, nesta apresentação padrão do que seria o desempenho do professor em sala de aula não há mistério, novidades, algo diferenciado do que se apresenta dentro do ambiente escolar. Transmitir um conteúdo necessário à quem está em formação. Esta realidade é comum do ensino fundamental ao médio.

Ao final de um ciclo de conteúdos ministrados a cada dois meses, quase sempre, uma avaliação. Uma medida considerada necessária para poder classificar o “desempenho” de cada aluno. Uns vão poder concluir que “aprenderam”, tiraram a nota acima da média. Há aqueles que se classificaram como um exemplo do bom trabalho, notas acima de oito, em uma escala de zero a 10.

Até aqui, tudo parece normal. É o que se espera da escola tradicional. Mas será que estamos levando em conta que muitos dos que não vão apresentar desempenho satisfatório por esta medida tradicional podem ter potencial e estejam sendo avaliados de forma equivocada? Está se levando em conta que cada pessoa pode ter uma forma diferente de compreensão do conhecimento, de aprender, de focar no conteúdo que se considera necessário?

Uma reflexão necessária é como os alunos se dedicam ao estudo. Como podem ser atingidos pelo conteúdo ao ponto de compreenderem a lógica e interiorizarem o conhecimento? Não temos a mesma maneira de abordarmos o conhecimento. Os meios de transmissão não chegam com o mesmo potencial em cada um de nós. Pessoas tem um sentido mais aguçado do que outro. Alguns são visuais, outros auditivos, bem como os sinestésicos. O que isso significa?

Ao se depararem com um conteúdo apresentado, a forma como é exposto pode mudar o potencial de compreensão. Se observarmos, há pessoas que captam o conteúdo com mais potencial quando ele é apresentado em um filme, um vídeo em forma de documentário, por exemplo. Outros conseguem ficar mais atentos com áudios, músicas ou narrativas. Outros ainda, os sinestésicos, associam várias sensações ao mesmo tempo. Deveríamos saber sobre estas diferenças quando pensamos na transmissão do conhecimento.

Um conteúdo científico pode ser trabalhado de forma diferente levando em consideração o sistema representacional de cada aluno. Aquele que vai aprender precisa ser conhecido para poder lhe ensinar. Por mais que pareça complexo a escola deve acompanhar os educandos. Fazer mapeamento de grupos de alunos para entender estes diferenciais, ajuda a estabelecer uma forma de comunicação mais eficiente e colaborar para o desempenho educacional.

Claro que não significa um detalhamento caso a caso, de cada acadêmico. É proporcionar diferentes experiências sensoriais para dar a oportunidade de desenvolver uma relação mais produtiva na busca do melhor desempenho na hora da transmissão do conhecimento. Permitir que as habilidades sejam desenvolvidas em um ambiente propício, sem perder o foco da educação, o conhecimento realmente aprendido.

O que fazemos na escola, muitas vezes, é a busca de um modelo de reprodução através da repetição. Tratamos os alunos como funcionários de uma fábrica onde o conteúdo, como produto, tem que ter um volume mensurável. Impomos um padrão de transmissão e recepção do conhecimento. Estabelecemos estes modelos como normais, naturais e necessários, mas não são.

Enquanto as instituições de ensino não aprenderem a conhecer seus alunos e mapear estes diferenciais de percepção e compreensão do que é transmitido vamos amargar frustrações tanto por parte dos docentes como dos discentes. O que não traz nenhum benefício para a educação. Se queremos realmente melhorar a capacidade de aprendizado é hora de entendermos o perfil cognitivo de cada aluno e estabelecer ações para usar estas particularidades a favor da aprendizagem.

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