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20 de abril de 2024

Ser aceito é ser você


Por Michele Thomaz - Trainer em PNL/Manual da Mente Publicado 02/09/2019 às 14h27 Atualizado 24/02/2023 às 02h36
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Você já deve ter reparado o quanto as pessoas buscam serem aceitas. Uma busca
diária de ser, de certa forma, o centro das atenções. A intensidade de ser observado
como uma medida e ao mesmo tempo um “desejo” coletivo. Nossa vida nas redes
sociais é uma busca constante de demonstrar muito mais o que gostaríamos de ser do
que o realmente somos. Por de trás desta prática há um risco.

Estamos em uma sociedade onde os padrões de comportamento se diversificaram
intensamente. Há 30 anos, o comportamento a ser cumprido ou esperado tinha pouca
variação. Éramos reprodutores daquilo que nossos pais cumpriam. Não precisávamos
de um esforço imenso de adaptação. Cumprir o esperado era um aprendizado diário,
os valores se naturalizavam por termos a nossa volta uma constante de modelos
reforçados por praticamente todas as pessoas com quem convivíamos.

Hoje, há um mundo que passa diante de nossos olhos nas redes sociais. Quantas
seres humanos postam diariamente um recorte de seu cotidiano. Expõe uma
intimidade. Dos alimentos, as lugares e pessoas. O sorriso via de regra estampado na
aparência das inúmeras selfs tiradas dão a impressão de uma felicidade constante.

Mas isto é real? Na maioria das vezes é virtual, fake.

Uma pesquisa feita pelo Portal Educacional, 2017, mostra que 72,5% dos jovens entre
13 e 16 anos já postaram conteúdos falsos na internet. Nas redes sociais o índice não
é maior, 78%. Estamos diante de uma sociedade que gerou a possibilidade da
virtualizar desejos. O padrão antes adquirido na vida real, com as pessoas com que
convivíamos, agora é substituído pelo modelo propagado em massa, uma
industrialização da estética e do perfil de uma forma geral.

“O que você quer ser?” Esta pergunta agora é respondida pelo o que as pessoa
desejam. Fazer o que se espera de uma estética feliz, perfeita, harmoniosa com o
mundo das frases publicitárias de inteligência aparente. Está à venda, no ambiente
virtual, a conformidade social. Um “manual de conduta” a ser seguido para ser aceito
e reforçar o que se espera. Algo que esconda nossa essência, que para muitos traz
constrangimento por não cumprir os quesitos de um mundo que exige uma perfeição
aparente.

Temos que romper esta conformidade. Olhar para nós mesmos e perceber e ter
consciência do que somos. O que não significa não poder mudar. Mas para isso é
preciso saber quem se é. Porém, o que é diferente de ser fake. Não viver uma
realidade desconectada da expressão real sobre a vida.

A felicidade expressa nas redes sociais tem um impacto artificial, anestésico, não cura
nossas dores. Elas são a matéria prima da mudança, isso mesmo, as nossas
angústias nos movem para a transformação. A busca de atender a conformidade
social bloqueia a nossa consciência daquilo que é a verdade que vivemos. Mudanças
não são feitas a partir das mentiras e sim das verdades com que temos que lidar.

Pauta do Leitor

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