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25 de abril de 2024

ECONOMIA CIRCULAR: UMA AÇÃO DO SÉCULO XXI


Por Rogel Martins Barbosa Publicado 16/10/2018 às 10h00 Atualizado 18/02/2023 às 15h06
 Tempo de leitura estimado: 00:00

No último artigo conclui perguntando: a economia circular veio para ficar? Vai funcionar em todo mundo? Acho que desta vez vamos deixar para que um dos pais da economia circular responda.


Walter Stahel em 2013 deu uma entrevista para Making It Magazine que você pode acessar na íntegra aqui http://www.makingitmagazine.net/?p=6793


Antes de reproduzir trechos da entrevista, precisamos lembrar que Walter Stahel foi coautor com Geneviève Reday-Mulvey do que podemos considerar o primeiro marco teórico da economia circular, que foi o relatório publicado em 1976 “O potencial de substituição de mão-de-obra por energia” para a Comissão de Energia das Comunidades Europeias.


Perguntou a Making It a Stahel: Por que você acha que o modelo de economia circular não se espalhou ainda mais? Ele respondeu: Simplesmente porque os problemas que temos discutido são principalmente problemas dos países industrializados, como na Europa e na América do Norte. Os países em desenvolvimento têm um problema completamente diferente. Eles têm uma escassez de recursos, incluindo bens, habilidades e alimentos. Em situações de escassez, a melhor estratégia que temos é a produção em massa para produzir produtos baratos para elevar a qualidade de vida da população.


Ainda na linha da resposta Stahel destaca que países na África onde a pobreza e a escassez são a regra, a economia circular não é muito útil para eles. Eles primeiro têm que acumular riqueza antes de poderem construir estoques de infraestrutura e bens que eles podem manter e conservar. Segundo Stahel

do berço ao berço nunca será um modelo global

Interessante que ele diz que o berço ao berço só é usado em países menos desenvolvidos por causa da pobreza. As pessoas são forçadas a reparar e reformar mercadorias, mas de uma maneira muito rústica, com baixa eficiência e de forma poluente. Assim, muitos países subdesenvolvidos aplicam os princípios do berço ao berço, mas – ironicamente – de uma maneira desastrosa para o meio ambiente e a saúde humana.


Para Stahel ainda o conceito tradicional e linear da economia industrial tem muitas vantagens para os agentes econômicos, e um deles é que externaliza o custo do risco e do desperdício. Externalizando é possível uma maior margem de lucro.


Também cita o problema da instabilidade política como forma de obstaculizar a economia circular.


Bom, acima apresentamos apenas uma ponta da entrevista. Não deixe de lê-la na íntegra no link que já disponibilizamos.


Com isto encerramos com a reflexão que este século é o século de colocar em prática a economia circular que foi pensada no século XX. Se ela não for absoluta, pelo menos poderá ser a mais aplicada nos países em que isto for possível.


Quem é o articulista
Rogel Martins Barbosa
Advogado, escritor, professor do curso História dos Resíduos.

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