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20 de abril de 2024

Corrupção: dá pra amenizar?


Por Tiago Valenciano Publicado 31/01/2019 às 10h45 Atualizado 19/02/2023 às 19h51
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O Brasil (ou a política brasileira?) segue (m) como notícia quando o assunto tratado é a corrupção. Em um ranking elaborado pela Transparência Internacional, que avalia a percepção de corrupção no setor público em 180 países, houve um recuo brasileiro na colocação final quanto ao ranking de 2018. A colocação mundial do Brasil é o 105º lugar, despencando consecutivamente desde 2014.

Preocupa o fato de que a 8ª economia do mundo não conseguiu um desempenho satisfatório quando tentamos perceber como a corrupção está onipresente, onividente e onipotente no setor público nacional. Em outras pesquisas já há o destaque de que a corrupção era um dos principais temas das eleições de 2018 e, tal estudo, não nos deixa dúvidas.

Mais do que tratar a corrupção como temática importante do cenário político nacional, é preciso que façamos a distinção entre os tipos de corrupção, se manifestando em várias esferas. Esta sugestão é dada por José Antônio Martins, autor do livro “Corrupção”, publicado pela Editora Globo em 2008. Professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Martins relata em seu texto que a corrupção individual, quando constatada, deve ser punida severamente. Quando ocorre no setor público, a punição dos acusados não resolverá o problema se forem mantidas as condições que permitem, facilitam ou fomentam o desvio.

Nota-se que a corrupção é um desvio de uma conduta moralmente ou legalmente estabelecida. O fato é que não podemos mais tolerar qualquer tipo de corrupção. Individual ou coletiva, a cultura do brasileiro precisa mudar quando tocamos no asssunto. As chamadas “pequenas corrupções” podem sim causar os danos vistos no erário público, tão presentes no noticiário cotidiano. Colar nas provas, plagiar trabalhos de escola, estacionar veículos em vagas proibidas e outros exemplos só reforçam a tese de que o trato com a coisa pública só se transformará se o cidadão que a opera, a priori, também mudar.

Como dito por Martins, o segundo passo é a mudança das condições que fazem com que a corrupção se perpetue nos orgãos públicos. Talvez este seja o passo mais importante, em conjunto com uma grande discussão com a nossa sociedade, cuja a questão básica para debate é: até quando vamos passar vergonha no mundo? Precisamos pensar em uma forma de aniquilar esta que, para mim, é uma das maiores especialidades do brasileiro…

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