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24 de abril de 2024

O recolhimento necessário


Por Tiago Valenciano Publicado 20/03/2019 às 11h30 Atualizado 20/02/2023 às 16h17
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A preocupação com a quantidade de inserções que vivenciamos no mundo digital é algo crescente nos dias atuais. Passamos o dia, praticamente, conectados em plataformas virtuais, em nuvens que ninguém enxerga, em um tráfego que não há movimentação espacial, enfim, uma realidade virtual totalmente real. Você já parou para analisar a quantidade de informações que recebemos, produzimos e compartilhamos diariamente?

Diante deste cenário social tão efervescente, precisamos tirar momentos para nos desligarmos do ambiente virtual que, por sua vez, também é “real”. Não há a necessidade nem a possibilidade de sabermos tudo o que passa nas redes sociais de nossos “amigos”. É humanamente possível absorver em nosso cotidiano toda esta chuva de informações. Por isso, para além da esfera cibernética, um momento “off” não irá comprometer o tempo que a gente passa “on”.

Enquanto profissional da sociologia, procuro exercer os sábios pensamentos de Wright Mills, que argumentava a necessidade do sociólogo em ser uma espécie de “artesão intelectual”, mantendo um arquivo organizado e, sobretudo, um pequeno diário para simplesmente escrever tudo aquilo que ele pretende pesquisar. Faço isto em uma caderneta escura, anotando ali tudo o que realmente importa. E, só consigo exercer o meu “artesanato intelectual” quando estou desconectado do mundo virtual/real.

Esta experiência poderia muito bem ser praticada também pelos não-sociólogos. A mente humana, carregada de informações, também precisa de descanso e momentos de solidão para fazer sua própria obra de arte. Em uma atualidade globalizada (ou pós-moderna?), com modelos prontos e todas as informações disponíveis no ambiente virtual, faz-se necessário pensar em si próprio e, principalmente, no que é possível produzir de novo, de diferente de tudo o que está aí. A criatividade exige tempo e paz mental, tudo aquilo que parece que não temos atualmente.

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