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24 de abril de 2024

Paulo Mora, o jogador que não entrou em quadra e conquistou a torcida


Por Nailena Faian Publicado 17/07/2018 às 13h23 Atualizado 17/02/2023 às 16h26
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Não é só a altura de 2,14 metros que torna Paulo Mora gigante. Na verdade, a grandeza que mais se destaca é a do coração, da simpatia. O jogador de vôlei foi contratado pelo Ziober Maringá para disputar a Superliga Masculina de Vôlei 2014/2015, só que não chegou a colocar os pés nas quadras por causa da descoberta de uma doença. Mesmo assim, tornou-se o queridinho da torcida maringaense e recebe mensagens de carinho até hoje.

Durante a pré-temporada da Superliga, Mora passou por uma bateria de exames que apontou um aneurisma na aorta do coração. A notícia foi como um banho de água fria. O segundo jogador mais alto da Superliga daquela temporada teria que abandonar as quadras.

“Na hora até pedi se não dava para fazer cirurgia para voltar a jogar, mas o médico explicou os riscos e me convenceu que o melhor era parar”, lembra Mora, que deixou Maringá, mas não abandonou o vôlei.

Em Flor do Sertão (SC) abriu uma escolinha de voleibol. Mudou-se novamente, desta vez para São Miguel do Oeste, onde a esposa trabalhava como engenheira civil. Persistiu na escolinha de voleibol, sem sucesso.

Foi aí que retornou para Flor do Sertão e trocou as quadras pela cozinha, abrindo uma lanchonete, a Paulão Lanches, em julho de 2016. O desafio foi grande, maior até que os enfrentados no vôlei. Mas com a simpatia de sempre, Mora venceu e trabalhou no ramo até fevereiro deste ano, quando ele e a esposa decidiram se mudar de uma vez para São Miguel do Oeste.

Agora o desafio já é outro: junto com o cunhado, gerir uma fábrica de embalagens de papelão e se preparar para receber o bebê de dois meses que está no ventre da esposa Gisabel Hermes.

Sobre a saúde, Mora conta que leva a vida normalmente. De 2015 até hoje, o aneurisma cresceu um milímetro. Os únicos cuidados são tomar um betabloqueador que ajuda a controlar a frequência cardíaca e não fazer esforço excessivo.

Mesmo assim, ele não abandonou as quadras. “Participo de alguns campeonatos de vôlei misto a nível municipal. Minha esposa sempre jogou de forma amadora, então jogamos juntos, mas nada que faça muito esforço”, diz.

Após tantas reviravoltas na vida, Maringá ainda é presente na vida de Mora. O jogador que conquistou a torcida maringaense ainda recebe carinho dos fãs. “Mesmo depois de ter parado de jogar, recebo mensagens de pessoas de Maringá perguntando sobre a minha saúde e isso me deixa muito feliz. Não tenho palavras para agradecer. ”

Veja abaixo galeria de imagens feitas por Fernando Tanaka. Em sua despedida, jogador foi homenageado pelos colegas de clube e pela torcida.

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