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19 de abril de 2024

Sobrinho de Ricardinho, Bermudez quer escrever a própria história


Por Chrystian Iglecias Publicado 09/08/2019 às 21h30 Atualizado 23/02/2023 às 20h22
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Aos 20 anos de idade, o jovem Lucas Bermudez tem a dura missão de manter a tradição de toda uma família no voleibol. Sobrinho do presidente Ricardinho, o ex-Sesi/SP é uma das novas contratações do Denk Maringá Vôlei e vem em busca de mais minutos em quadra.

Com 1,80m de altura, o levantador nascido em 1999 é uma promessa do vôlei. Como se não bastasse esta pressão, Lucas carrega consigo a todo momento o nome de seu tio, multicampeão pela seleção brasileira e um dos maiores jogadores da história do voleibol nacional. Como costuma acontecer corriqueiramente no esporte, possuir algum parentesco com um atleta renomado é sinônimo de cobrança.

Na última temporada, Bermudez foi finalista da Superliga com o Sesi, apesar de ter disputado apenas dois jogos na principal competição do vôlei brasileiro. Ainda imaturo esportivamente, ele era apenas o terceiro levantador da equipe paulistana.

Agora, em Maringá, Lucas terá ao seu lado o experiente Everaldo, que chega para ser um dos líderes do elenco. A expectativa é de que o jovem tenha mais oportunidades para mostrar seu jogo, já que, ao que tudo indica, será o segundo na escala de sua posição.

Em meio à pré-temporada do Denk Maringá, Lucas Bermudez atendeu o portal GMC Online na quadra de areia da Vila Olímpica, logo após um treino puxado sob o comando do motivador Alessandro Fadul. Apesar da pressão cruel que carrega, o jovem se mostrou bastante lúcido e descontraído.

Ao ser perguntado sobre sua infância e adolescência acompanhando a carreira do tio Ricardo, Lucas arrancou gargalhadas. “Na minha família sempre foi muito democrático: ou você jogava vôlei, ou você almoçava. Ou você era levantador, ou você jantava (risos). Meu pai, minha mãe, minha tia e até meu irmãozinho mais novo agora está no vôlei. Parece que é um mosquitinho que pica assim”, descontraiu.

E o mosquitinho picou. Em janeiro de 2014, Lucas Bermudez, então com 15 anos, entrava nas categorias de base do Sesi, uma das maiores equipes da história do voleibol brasileiro. Após quase seis anos vestindo a tradicional camisa vermelha, o jovem se desafia a mostrar serviço em frente à maior torcida do Brasil.

“Terceira semana aqui e já estou apaixonado por essa cidade maravilhosa, um clima muito gostoso. Agora é trabalhar que esse ano promete. Vim pra cá pra buscar meu espaço e mostrar que mesmo com 20 anos, a experiência de ter presenciado duas finais de Superliga vão me ajudar a viver momentos muito prazerosos aqui em Maringá”, projetou Bermudez.

As comparações com o tio, ainda mais agora, serão inevitáveis. Além da posição, os dois também compartilham o fato de terem vindo jogar em Maringá aos 20 anos de idade – Ricardinho atuou pelo time da Cocamar na década de 90.

“Não adianta viver à sombra do cara. Minha trajetória pode até ser parecida com a dele em alguns aspectos, mas eu quero fazer a caminhada daqui pra frente. Comparações são boas, críticas são bem-vindas, mas o Lucas é o Lucas e o Ricardo tem a história dele”, afirmou o novo levantador do Denk.

Lucas esteve presente em uma convocação da seleção brasileira sub-21 em abril deste ano. Com o tio como espelho, ele tem o sonho de um dia chegar à seleção principal e reeditar o sobrenome Bermudez com a camisa mais pesada do voleibol mundial.

“A gente sonha em ir devagar, conquistando espaço, fazer uma boa Superliga, entrar no cenário e ser visto. Já fui para algumas seleções de base, quem sabe posso galgar daqui a alguns anos a adulta? Essa é a ideia. Quero jogar uma Olimpíada, um mundial… mas agora, focar no Paranaense, depois na Superliga, passo a passo”, projetou Lucas.

O Maringá Vôlei estreia na temporada no próximo dia 23, em confronto com o Foz do Iguaçu pela primeira rodada do estadual. A partida será disputada no Ginásio de Esportes Chico Neto.

Confira a entrevista na íntegra!

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