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25 de abril de 2024

Coletiva realiza roda de conversa com artistas maringaenses


Por Redação GMC Publicado 19/03/2019 às 13h59 Atualizado 20/02/2023 às 15h58
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A Coletiva Mostra Multicultural realiza nesta quinta-feira (21), a partir das 20h, na sede do projeto (Rua Padre Vieira, 443, Zona 7), a Roda de Conversa #5, segundo encontro da exposição “Entre a permanência e a obsolescência na arte”.

Participarão deste bate papo as artistas plásticas Maria do Carmo Albuquerque e Maria Goretti Bernardes, com mediação da curadora Isabel Bogoni. O evento é gratuito e convida toda população para comparecer e discutir sobre arte e cultura.

Desde o dia 31 de janeiro, o terceiro momento expositivo “Entre a permanência e a obsolescência na arte” está aberto ao público, gratuitamente, de segunda a sexta, das 9h30 às 13h e das 14h30 às 19h, na sede da Coletiva, e permanecerá até o dia 13 de abril. A mostra exibe trabalhos de Edson Xavier Antunes, Ronis Furquim, Maria do Carmo Albuquerque e Maria Goretti Bernardes. Os quatro são filiados à Macuco (Maringá Cultural Cooperativismo).

“O tema é uma dicotomia entre duas coisas que só existem por que seu contrário existe. Aplicado como tema, leva a pensar no intrigante que é criar arte com a premissa de que tudo já foi feito. A reflexão é sobre o que exatamente permanece daquilo que fazemos de nossa arte?” Esse é o questionamento levantado pela curadora.

Isabel ainda explica que os objetos precisam da objetividade da existência, desenvolver um questionamento, ter uma presença. É a isso que ela se refere sobre ser permanente. Em relação a obsolescência na arte, a curadora afirma que, na maioria das vezes, tudo vai se desconstruindo, tanto no campo das artes quanto na vida de qualquer pessoa. Tudo vai se desfazendo e desintegrando.

“Por que eu pergunto isso na arte? Porque é meio lógico, mas ao mesmo tempo é meio difícil de compreender. É lógico porque grandes obras, obras que a gente diz ser transcendentes ou obras com grandes áureas, realmente são permanentes. Transformam-se em novos tipos de imagens, novas mídias, novos suportes, mas continuam sendo e carregando os mesmos conceitos. Obsoleto, porque, ao mesmo tempo, são feitas com técnicas que não se utilizam mais, afresco de parede, maneira canônica de representar, por exemplo”, aponta.

O engajamento entre os trabalhos apresentados pelos quatro artistas se dá pela lógica do desejo criativo de representar os objetos pela expressividade e pela experimentação. A arte como uma cura para as buscas incessantes em dar sentido e significado ao próprio mistério que a arte leva consigo, nos convida a olhar para essas mudanças tão gritantes entre o fazer do homem e as novas tecnologias.

As ceramistas Maria do Carmo Albuquerque e Maria Goretti Bernardes apresentam dois tempos diferentes no uso da cerâmica: a primeira marca o tempo da transferência, da vivência entre gerações, com peças no estado cru ou cozido. A segunda marca o tempo na ambiguidade entre a rigidez e a maleabilidade, naquilo que o objeto, mesmo enquanto suporte cerâmico, transmite.

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