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25 de abril de 2024

Livros de maringaenses tratam sobre lesbianidade


Por Nailena Faian Publicado 12/08/2019 às 17h50 Atualizado 23/02/2023 às 20h48
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No dia 29 de agosto será comemorado o Dia da Visibilidade Lésbica. Para celebrar a data, neste mês duas escritoras maringaenses lésbicas lançam livros que abordam o assunto.

O primeiro lançamento ocorreu na última sexta-feira (9). A maringaense Piera Schnaider lançou seu primeiro livro, o “Água Viva”, composto por poemas.

“O livro de poesias desenha metáforas eróticas da lesbiandade, mas explora também outros temáticas, como subjetividade, cotidiano, solidão, liberdade, religião”, conta Piera.

O livro pode ser adquirido online pelo valor de R$ 30. A obra foi publicada pela editora Padê, que publica livros de autores LGBTQI.

Maternidade lésbica na escola
No próximo dia 29, é a vez da maringaense Luciene Mochi lançar seu livro. “Afinal, do que é feita uma família?”, questiona o título da obra. De acordo com a autora, o foco é a importância de se debater a existência da maternidade lésbica na escola.

A obra é fruto de uma pesquisa de mestrado desenvolvida por Luciene. Ela entrevistou professoras e pedagogas de escolas municipais de Sarandi. As profissionais foram questionadas sobre o que achavam de uma criança ter duas mães.

“A ideia era entender como a escola debate maternidade e família. Como as educadoras agem quando a família é composta por duas mães. Descobri que as escolas estão recheadas de preconceito”, revela.

O livro será lançado por meio da editora Metanoia, empresa do Rio de Janeiro que tem como proposta política publicar trabalhos e pesquisas de autores LGBTs. O lançamento será às 19h30, na livraria Cultura do Catuaí Shopping. “A maternidade lésbica precisa sair do silêncio”, afirma Luciene.

Quem luta por isso cotidianamente é a presidente da Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AMLGBT), Margot Jung.

“Ter esses livros lançados este mês é muito emblemático, importante para nós mulheres e para as mulheres lésbicas. Isso é muito importante porque o Brasil é um país em que pouquíssimas mulheres conseguem viver de literatura, é um país que não valoriza a mulher escritora. Essas editoras que fazem esse trabalho de dar acesso a elas, em especial a mulheres lésbicas, fazem um trabalho muito bacana e importante. É um salto na literatura brasileira”, defende.

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