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16 de abril de 2024

Trinta anos depois de partir, Raul Seixas tem mensagens atuais


Por Folhapress Publicado 21/08/2019 às 16h55 Atualizado 23/02/2023 às 23h17
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As mensagens de Raul Seixas ainda ecoam depois de 30 anos de sua morte, completados nesta quarta-feira (21). A música foi seu transporte, o que ajudou a massificá-lo, mas seu pensamento seria certamente combustível para se tornar best seller em publicações filosóficas.

A música de Raul teve seus méritos na história, sobretudo ao mostrar o quanto o discurso nordestino de Luiz Gonzaga andava de mãos dadas com o rock and roll, mas Raul estava preocupado sobretudo com a mensagem. Um exercício rápido mostra a força de um pensamento que, mesmo quando recorreu a inspirações ocultistas de Aleister Crowley, que poderiam acabar datados, estariam atuais 30 anos depois.

Assim dizia Raul, isolando algumas de suas melhores frases: “Antes de ler o livro que o guru lhe deu, você tem que escrever o seu”, “é chato chegar a um objetivo num instante”, “A coisa mais penosa do nosso tempo é que os tolos possuem convicção e os que possuem imaginação e raciocínio vivem cheios de dúvida e indecisão”, “A desobediência é uma virtude necessária à criatividade”, “Do materialismo ao espiritualismo, é uma simples questão de esperar esgotarem-se os limites do primeiro.”

Seu existencialismo rendia algo de melancólico. “Não sei por que nasci, pra querer ajudar a querer consertar o que não pode ser. Carpinteiro do universo inteiro eu sou”. “Eu perdi o meu medo da chuva. Pois a chuva, voltando pra terra, traz coisas do ar”, “Há homens que nascem póstumos”, “eu não preciso ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz.” Mas lá vinha a beleza trazida pela outra parte do mesmo Raul equilibrando-se no amor, o que evitava que se tornasse um niilista apocalíptico.

“Só há amor quando não existe nenhuma autoridade”, “O amor só dura em liberdade. O ciúme é só vaidade. Sofro, mas eu vou te libertar”, “Como as pedras imóveis na praia, eu fico ao teu lado, sem saber dos amores que a vida me trouxe e eu não pude viver”, “Hoje eu sei que ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez” e a bela “Diga o que você quer, se acaso não quiser, feliz eu serei seu nada, mas um nada de amor.”

Especial

Para lembrar os 30 anos da morte de Raul Seixas, o programa Sem Censura, que vai ao ar nesta quarta (21), às 17h, ao vivo, na TV Brasil, relembra a trajetória de Raulzito. O cantor e compositor, que deixou sua marca na história do rock, lançou 17 discos em seus 26 anos de carreira.

Para falar sobre a vida e obra de Raul Seixas, as apresentadoras Vera Barroso e Tâmara Freire conversam com Carlos Minuano, que lançou a biografia Raul Seixas por trás das Canções. Também participará da homenagem o músico Charles Theone, cantando repertório do ‘Maluco Beleza’.

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