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25 de abril de 2024

8 cães moram na UEM; eles têm nome e até inspiraram uma música


Por Luiz Santos Publicado 22/02/2019 às 15h16 Atualizado 20/02/2023 às 06h43
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Se você parou em alguma cantina da Universidade Estadual de Maringá (UEM) para tomar um café, ou mesmo deu uma volta pelo câmpus nos últimos anos, deve ter se deparado com Samurai, Rui, Mãezinha, Kiko, Raul, Menina, Fumaça ou Neguinho.

Não, estes não são nomes ou apelidos de estudantes. Muito menos de professores ou pesquisadores que circulam pela universidade. Mas sim, dos oito cachorros que moram na UEM e são assistidos por um projeto de extensão, que surgiu em 2013.

O “Frida – Uma Vida Animal na Academia” foi idealizado por Negavan, que há 13 anos cuida dos animais que vivem na universidade.

A cuidadora relata que começou a ajudar os cães em uma época que “a causa animal não tinha tanta visibilidade”. Ela explica que, no início, observava as vasilhas que ficavam próximas a um laboratório sempre vazias e decidiu começar a colocar ração para os cães.

Após um tempo realizando este trabalho no “anonimato” e um projeto da universidade para lidar com os animais ter sido descontinuado, Negavan pediu ajuda para formalizar o “Frida” e conseguir defender as necessidades e a presença dos cachorros no câmpus.

O nome do projeto foi escolhido em homenagem à Frida, uma cadela que era, segundo Negavan, uma espécie de “líder” da matilha dos cachorros.

“Frida me ajudava a encontrar os filhotes que as pessoas abandonavam no câmpus. Assim, ela ajudava na continuidade ao trabalho”.

A cadela faleceu em novembro de 2018, devido a uma doença pulmonar.

Negavan ressalta que os cães “escolheram a universidade para viver”. Atualmente ela dá assistência para 8 cachorros que vivem no câmpus e os mantêm vermifugados, vacinados e, na medida do possível, castrados.

A defensora ressalta que recebe ajuda de estudantes e professores da UEM. A colaboração é importante pois o projeto demanda de 25 kg de ração por semana. Além disso, a responsável ainda propicia cuidados veterinários quando os cães adoecem, o que requer ajuda financeira.

Um dos colaboradores do projeto, o músico Claudio Caldeira, compôs uma música em homenagem a defensora e aos animais da UEM. A letra conta com o nome de quase todos os cachorros que o projeto já assistiu.

Uma iniciativa do Frida é o bloco de carnaval “Cão de Rua”, realizado desde 2017. “Por ser nordestina decidi criar o bloco e a temática é para ajudar na conscientização das pessoas”, afirma Negavan.

Este ano, o evento será realizado no dia 2 de março e, segundo a organizadora, terá a presença de três atrações.

A responsável ainda diz que o que almeja é que as pessoas que convivem com os animais compreendam que o ambiente da universidade é o lar deles. “São seres especiais”, finaliza.

Quem quiser ajudar o projeto deve entrar em contato pela página do Facebook.

Veja a galeria de imagens – Fotos: Reprodução/Facebook

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