Celular ‘explode’ ao carregar em loja no Centro de Maringá
Depois de dois anos que explosões de celulares da linha Galaxy Note 7 foram relatadas por clientes da Samsung, um episódio semelhante voltou a se repetir com outro modelo da empresa. Desta vez, em Maringá, a explosão de um smartphone Galaxy J7 assustou a gerente de vendas de uma loja de acabamentos do centro da cidade.
Segundo Maria Alice Costacurta, ela havia acabado de colocar o aparelho para carregar dentro da empresa onde trabalha, nesta quarta-feira (17), quando viu uma fumaça saindo do celular. Em seguida, observou que a parte de trás e a bateria se desprenderem do restante do aparelho. “Começou a explodir como fogos de artifício. O cheiro de queimado era muito forte”, detalhou.
Conforme relembrou, Maria Alice conseguiu retirar o carregador da tomada antes de pedir ajuda. Um vizinho da loja chegou a queimar levemente as pontas dos dedos ao tentar separar a bateria, que ficou destruída. A loja ficou tomada de fumaça após o incidente e o chão onde o celular estava ficou com marcas de queimado.
De acordo com a gerente de vendas, ela havia ganhado o celular de presente há aproximadamente um ano e nunca tinha presenciado nada parecido. “Meu celular nunca tinha nem esquentado.” Segundo ela, ao entrar em contato com a Samsung, a empresa pediu que enviasse imagens do aparelho e além de 45 dias para resolver o problema. No entanto, conforme explicou Maria Alice, o prazo solicitado pela fabricante é muito longo, já que ela depende de dados armazenados no aparelho para trabalhar.
Explosões do Galaxy Note 7
Após os incidentes de outubro de 2016, a Samsung atribuiu, em janeiro do ano passado, a problemas nas baterias as falhas ocorridas com celulares da linha Galaxy Note 7. Uma investigação interna e outra independente “concluíram que as baterias foram a causa dos incidentes do Note 7”, disse a companhia em um comunicado.
O diretor da divisão de dispositivos móveis da Samsung, Koh Dong-jin, afirmou que procedimentos foram adotados para evitar a repetição dos problemas no Note 7. “As lições deste incidente estão profundamente refletidas em nossa cultura e processos”, disse o executivo a jornalistas. “A Samsung está trabalhando duro para recuperar a confiança dos consumidores.”
Curto-circuito
Investigações de especialistas internos e externos excluíram problemas com o hardware ou o software do Note 7. Em vez disso, afirmaram que as baterias do aparelho, vindas de dois fornecedores, tinham defeitos diferentes de produção ou falhas de projeto que causaram curtos-circuitos.
“As chances de dois fornecedores diferentes terem problemas com o mesmo aparelho é extremamente baixa e isso pode ser um sinal de que nós atingimos um ponto de inflexão na tecnologia de baterias dos smartphones”, disse Patrick Moorhead, presidente da empresa de análise de mercado Moor Insights & Strategy.
