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20 de abril de 2024

Conheça os novos heróis de quatro patas da PM de Maringá


Por Nailena Faian Publicado 05/08/2018 às 14h00 Atualizado 17/02/2023 às 21h33
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Os cães são ótimos companheiros, cada um com seu jeitinho: brincalhão, carinhoso, fofo, estabanado. Se forem treinados, podem aguçar os sentidos, especialmente o olfato, e desenvolver características capazes de ajudar na solução de crimes e na busca de pessoas.

O Pelotão Choque Canil da Polícia Militar de Maringá tem seis “heróis de quatro patas”. Outros quatro filhotes estão sendo preparados: Noise, de 8 meses, Gaia, de 4 meses, e mais dois, de 3 meses, a Eva e o Blood.

Eles são das raças bloodhound e pastor-belga malinois, cães propícios para o trabalho policial. 

Outros três filhotes da raça pastor-belga malinois foram doados recentemente pelo Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) e devem fazer parte do time em breve.

“O bloodhound é um cão de caça, a gente treina ele para achar pessoas. O belga é muito ágil, tem bastante energia, aguenta mais tempo de trabalho, por isso é utilizado não só pela polícia do Paraná, mas no mundo todo”, explica o sargento Lemes, que atua no canil desde 2006 e já treinou cinco cachorros.

O labrador, segundo o sargento, também é uma raça escolhida, mas somente para a função de faro de droga. Isso porque o treinamento é como uma brincadeira e os labradores são fãs de diversão.

“A gente ensina o cachorro a gostar de determinado brinquedo e brinca bastante com ele. Depois, ele é treinado para encontrar a droga. Quando encontra, a recompensa é brincar. Ele acha o entorpecente não porque gosta da droga, na verdade ele não tem contato nenhum com ela, somente sente o cheiro. O incentivo é a diversão que vai ter depois”, descreve Lemes.

De acordo com balanço do Pelotão de Choque da PM de Maringá, no ano passado, cinco toneladas de drogas foram apreendidas com auxílio de cães.

Neste ano, os heróis de quatro patas auxiliaram em uma apreensão de 270 quilos de pasta base de cocaína.

O rottweiler é outro que pode entrar para a equipe. Ele sofre mais porque é um cão de grande porte, mas é importante nas abordagens policiais, pois sua feição causa impacto. Ele é bastante utilizado em revista em carceragens e patrulhamentos.

Dedicação

Todos esses cães só se tornam heróis por causa do treinamento que recebem. Cada um tem estrita relação com seu cinotécnico, como é chamado o policial que o treina diariamente.

“Ele que vai guiar o cão durante uma operação. Caso fique doente, o policial que cuida. Se o policial tirar férias, o cão também tira. É um trabalho maravilhoso, mas também tem sacrifícios. Mesmo estando de férias, a gente tem que vir aqui para brincar com o cão. Tem cachorro que só deixa o ‘dono’ tocar nele”, diz o sargento.

Rotina

Quando filhotes, o treinamento é mais leve. Consiste em brincar e ganhar muito carinho. Conforme vão crescendo, as responsabilidades aumentam e são treinados conforme a função que vão desenvolver. A partir de um ano e meio, já estão prontos para entrar em ação.

Os cães do Choque Canil são “sarados”. Assim como os policiais, precisam estar em forma para exercer o trabalho pesado. Eles treinam todos os dias no quartel e em ambientes onde poderão atuar quando tiverem em ação, como na mata, na cidade ou no pátio de veículos da Receita Federal.

Quando a ocorrência aparece, são colocados em uma viatura ou carro preparados para transportá-los. Tem até ar-condicionado.

Aposentadoria

A aposentadoria chega aos 8 anos. Parece pouco tempo de trabalho, mas a idade deles é bem diferente da nossa. Varia de acordo com a raça e o porte. No caso dos cães da PM, com oito anos eles já têm o equivalente a 56 anos de um humano.

Hora de relaxar, né? Se o cinotécnico quiser, pode ficar com o cão. Caso contrário, o animal é doado para outro policial e, em último caso, para um civil.

Famosos

Assim como no mundo do homem, no mundo canino também existem os que se destacam. No canil de Maringá, o Thor, um rottweiler, fez história. Ele foi um dos primeiros cães policiais e é lembrado pelo trabalho que desenvolveu.

“Ele ajudou muito, participou de muitas operações e abordagens. Ficou conosco até 2011, quando o cinotécnico dele foi transferido. Ele foi junto e faleceu nessa outra cidade”, relata Lemes.

Outro lembrado é o Arko, primeiro cachorro de faro do canil. O pastor belga trabalhou por dez anos e se aposentou em novembro do ano passado. Agora vive tranquilo com uma família que o adotou.

Blade, Mel, Apolo e tantos outros que passaram pelo canil da PM, hoje estão na memória e têm suas fotos e histórias eternizadas na parede do quartel.

Cães Trabalhando
Logan, raça bloodhound
Tayson, pastor belga malinois
Seven, pastor belga malinois
Argus, pastor belga malinois
Thander, pastor belga malinois
Luger, pastor belga malinois

Filhotes sendo treinados
Gaia, pastor belga malinois, 4 meses
Eva, bloodhound, 3 meses
Noise, pastor belga malinois, 8 meses
Blood, bloodhound, 3 meses

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