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19 de abril de 2024

Suspeita de traição lidera busca por detetive particular em Maringá


Por Nailena Faian Publicado 21/07/2019 às 13h00 Atualizado 23/02/2023 às 13h19
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Se você mora em Maringá ou em alguma cidade da região, “pulou a cerca” ou deu motivos para seu parceiro pensar isso, talvez já pode ter sido investigado pelo detetive Sombra. Conhecido por atuar há mais de 18 anos, o ex-policial que preferiu não revelar sua identidade real e outros profissionais consultados afirmam que o maior “ganha-pão” é a investigação do adultério.

“Uma vez, uma senhora me contratou, colocamos transmissores no carro do marido e conseguimos fazer o flagrante. Descobrimos que o investigado levava a pessoa para o meio do mato e fazia piquenique. Só que o que surpreendeu a esposa do investigado, é que não era uma mulher, e sim um homem. O investigado tinha mais ou menos 65 anos e o rapaz, aproximadamente 25 anos. Ele (idoso) tratava o cara como se fosse esposo”, revela Sombra sobre um caso que marcou sua carreira.

Mas não é só de investigar a traição alheia que vivem os detetives particulares. Equipados com câmeras, gravadores e muitos outros acessórios, eles atendem outras demandas, como na área empresarial, investigando furtos, roubos e conduta de funcionários. Também atuam na localização de pessoas, descobrem se o filho está usando drogas, entre outros serviços de contraespionagem.

A tecnologia é a maior aliada da profissão nos dias de hoje, fazendo com que os profissionais quase não precisem sair a campo. Detetive Sombra esclarece que monitorar o telefone de cônjuges e filhos menores de idade não é crime, desde que seja feito por um dos interlocutores. Em outros casos, como de funcionários ou outros tipos de relacionamento não é permitido.

“Em Maringá tem bastante demanda. Muitos procuram, mas também tem muitos que não chegam a contratar por não terem condições de pagar pelo trabalho”, conta.

Os valores para contratar um detetive variam conforme o tipo de serviço e a quantidade de dias de investigação. No caso do detetive Sombra, por exemplo, um contrato de dez dias sai entre R$ 4 e R$ 8 mil.

Em uma busca pela internet, encontra-se poucos detetives que atuam em Maringá. Sombra diz que é porque a profissão não é nada fácil. Ele conta que se diferencia na área por manter uma postura diferente de outros profissionais.

“Além de investigar, trabalho com reconstituição de famílias. Não incentivo o divórcio. Cerca de 95% dos casos de flagrante de traição consigo a reconstituição da família por meio de conversas”, diz.

Aplicativo de monitoramento 

De acordo com ele, são incontáveis os flagrantes de traição que já fez. Para os desconfiados, ele vende um aplicativo que o cônjuge pode monitorar o companheiro o tempo todo. 

Neste tipo de serviço, Sombra diz ter clientes fiéis há oito anos. “A partir do momento que faz a instalação do aplicativo no celular do outro é criado um painel na internet que só a pessoa tem acesso. Nem eu tenho, só quando me contratam para monitorar. ”

O aplicativo custa entre R$ 1,2 mil e R$ 3,5 mil, variando conforme o período de monitoramento.

Como ser detetive?

A profissão parece ser coisa só de filme, mas existe na vida real há muito tempo. No Brasil, o primeiro profissional surgiu em 1984, no Rio de Janeiro. No entanto, foi só em 2017 que a profissão foi reconhecida por meio da lei 13.432/2017. A partir daí, a área passou a ganhar mais adeptos.

Não é necessário ter ensino superior para ser detetive particular. Mas existem universidades que oferecem o curso presencialmente e a distância. Inclusive, a primeira universidade a lançar o curso no país foi o Centro Universitário Internacional Uninter, localizado em Curitiba.

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