HUB de Saúde Maringá inicia ações em prol do desenvolvimento da cadeia
Com o propósito de articular soluções para atores do setor da saúde e da comunidade de Maringá e região, em prol do desenvolvimento da cadeia produtiva, um grupo formado por representantes de hospitais, empresários de tecnologia, médicos, pesquisadores e profissionais liberais realizou o primeiro encontro, na terça-feira (1º), no Sebrae/PR, para debater as primeiras atividades.
Trata-se do Hub de Saúde, ambiente criado para dar acesso e oportunidades de conexão, alinhado com as demandas de evolução na cadeia de valor da saúde de Maringá e região.
No primeiro encontro, ficaram definidas como principais frentes de trabalho as áreas de pesquisa, a aproximação do mercado, startups e normalização para acreditação. O grupo surge trazendo da informática o conceito de hub, que é um equipamento utilizado para conectar computadores de uma rede, permitindo a transmissão de informações.
“Provocamos a formação, pensando em ações práticas, sendo elas institucionais ou não, com pessoas interessadas em impactar a cadeia produtiva da saúde em Maringá. A intenção é de complementariedade nas iniciativas já realizadas nesta cadeia, na cidade”, explica a consultora do Sebrae/PR, Letícia Albuquerque.
Segundo a consultora, a ideia é que pesquisas acadêmicas, que em alguns casos terminam engavetadas, saiam das universidades e alcancem o mercado, o que pode ser estimulado pelo empreendedorismo. Com relação às startups, o objetivo é fazer com que soluções criadas na cidade cheguem ao mercado por meio de conexões dos atores envolvidos, criando alternativas práticas. Sobre o processo de acreditação, envolve o trabalho para torná-lo acessível e democrático, a fim de que a qualidade em saúde seja cada vez mais presente em Maringá.
O Hub de Saúde é um núcleo flexível e aberto, que pauta as ações conforme as ideias apresentadas por participantes. Um deles é o biomédico discente de mestrado pelo Programa em Ciências da Saúde (PCS), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Elton Cruz. O pesquisador, que estuda a reconstituição artificial de tecido epitelial humano, aderiu ao grupo pensando em formalizar o projeto e disponibilizá-lo a ensaios laboratoriais e para outros fins.
“Como pesquisador, percebo a distância entre a pesquisa e o mercado empresarial. Se o fomentador conhecesse e tivesse acesso ao que é desenvolvido, poderíamos ser referência dentro e fora do País”, comenta Cruz. Se depender dele, esse cenário terá mudanças. “Pretendo, futuramente, abrir uma empresa de engenharia biomédica no Brasil ou nos Estados Unidos, para oferecer expertise e produtos escassos em nossa região e até em âmbito nacional”, acrescenta.
Coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Rita e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Marcio Ronaldo Gonçalves Silva também integra o Hub. Além de fazer networking, o médico pretende articular inovações no setor. “Temos projetos na área de UTI em relação a leitos hospitalares. Associando a área de tecnologia da informação, podemos gerar benefícios para no nosso setor”, pontua Silva.
Os próximos passos do grupo envolvem a realização de seminários, mapeamento do ecossistema de saúde e a criação de um canal para que os agentes do setor sejam identificados e ofereçam conteúdo sobre saúde. A próxima reunião será realizada no dia 5 de novembro, das 7h30 às 9h30, no Sebrae/PR, em Maringá.
Por Assessoria Sebrae-PR
