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19 de abril de 2024

Contato com vítima de acidente pode agravar situação, adverte médico


Por Monique Manganaro, com colaboração de Gilson Aguiar/CBN Maringá Publicado 09/07/2019 às 13h04 Atualizado 23/02/2023 às 10h52
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Discute-se muito a importância dos primeiros socorros. Os médicos alertam para que a população aprenda os procedimentos básicos que podem ser fundamentais para salvar uma vida. Mas até que ponto a interferência de um terceiro é necessária ou saudável? Em alguns casos, o contato direto de um leigo com uma vítima de acidente pode agravar o estado de saúde e, inclusive, elevar os riscos de morte.

“As vítimas de acidentes de trânsito, de trauma principalmente, exigem um cuidado mais avançado. Deparando-se com uma vítima, o fundamental é não mexer nela até a chegada do socorro. Muitas vezes, essa vítima tem uma lesão medular, uma lesão na coluna, que, mexendo nela, você pode piorar o quadro e esse paciente vir a ficar paraplégico”, orienta o médico intensivista e atual coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Maringá, Marcio Ronaldo Gonçalves da Silva.

A ajuda mais eficaz em casos como esse é acionar o socorro o quanto antes, para que a estabilização correta seja feita antes de qualquer movimentação da vítima.

Em outras situações – na maioria delas –, os primeiros socorros são fatores decisivos para amenizar as consequências do acidente.

Considerando que grande parte dos chamados do Samu derivam de acidentes domésticos, de acordo com Silva, esses procedimentos – muitas vezes simples e de fácil compreensão – podem colaborar no salvamento de alguém muito próximo a você. Em casos de parada cardíaca, por exemplo, os primeiros socorros podem prolongar a resistência da vítima até que o socorro chegue.

“Se até o Samu chegar [a vítima] não tiver o primeiro atendimento de um leigo, que foi capacitado através de programas de treinamento, a chance de salvarmos a pessoa diminui muito. Uma pessoa em parada cardíaca, a cada minuto que se passa [sem] a massagem cardíaca, é 10% a menos a chance de sobrevida”, destaca o especialista.

Em países desenvolvidos, o aprendizado dos primeiros socorros começa ainda na infância, de forma lúdica e leve. Para o médico, a recompensa é de toda a sociedade, que se torna mais preparada para agir quando for necessário.

Atualmente, o Samu Norte Novo registra de 250 a 300 chamados por dia. “Desses, 90%, com uma orientação adequada, às vezes não precisaria ir para hospitais ou unidades de saúde. Apenas com orientações básicas”, avalia Silva.

Entrevista

O médico Marcio Ronaldo Gonçalves da Silva foi o entrevistado desta semana do CBN Saúde, da rádio CBN Maringá. Ouça a entrevista completa

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