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19 de abril de 2024

Quase 80% dos partos realizados na rede pública são cesáreas


Por Nailena Faian Publicado 15/10/2018 às 18h34 Atualizado 18/02/2023 às 15h00
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Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que na rede pública de Maringá foram realizados 3.801 partos de janeiro a setembro deste ano. Desses, 77% (2.945) foram cesarianas e 22% (856), partos normais.

O mês que mais teve nascimento foi janeiro, com 470 partos, sendo 363 cesáreas e 107 partos normais. Na rede pública de Maringá, os partos são realizados no Hospital Universitário (HU) e Santa Casa.

De janeiro a setembro do ano anterior, as estatísticas se repetem: a maior parte dos partos também foi cesariana. Dos 3.963 partos, 3.049 (76%) foram cesarianas e 913 (23%), partos normais.

Lucineia da Silva Lucas é coordenadora da Saúde da Mulher da rede pública e explica que existe uma cultura da cesariana entre a população e que é preciso mudar esse hábito.

“As mulheres têm medo do parto normal, mas ele é bom para elas e para os bebês. O principal benefício é que a criança vai nascer a hora que ela tem que nascer e na cesárea corre o risco de nascer antes. Hoje, o grande índice de mortalidade infantil pode estar vinculado ao número grande de cesárias”, pontua.

De acordo com Lucineia, a rede pública se movimenta para estimular o parto normal. “Hoje temos um comitê de estímulo ao parto normal e diversos trabalhos. O hospital em que a mulher vai ganhar o bebê trabalha no convencimento. No pré-natal e grupos de gestantes isso também é transmitido”, explica.

Especialistas apontam que no Brasil existe uma epidemia de cesáreas. O Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em número de cesarianas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece em até 15% a proporção recomendada de cesarianas, mas no Brasil esse percentual chega a 57%.

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