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20 de abril de 2024

Sexta 13: roteiros ‘mal-assombrados’ em Maringá


Por Nailena Faian Publicado 13/12/2019 às 13h54 Atualizado 25/02/2023 às 06h47
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Toda cidade tem seus locais “mal-assombrados”. As histórias vão passando de boca em boca e ficam vivas entre os moradores. Em Maringá, há relatos de assombração no Parque do Ingá, Jardim Alvorada, Vila Emília, antiga delegacia, Vila Operária, Estrada Guaiapó, entre outros.

Aproveitando que o dia está repleto de superstição por ser sexta-feira 13, a reportagem do GMC Online entrevistou o historiador João Laércio, que é autor de um livro que reúne histórias sobre assombrações em Maringá. Confira!

– Antiga delegacia 

O prédio de 1959, onde funcionou a antiga delegacia da cidade, na esquina da Avenida Paraná com a Avenida Guaíra, Zona 7, coleciona relatos de vultos e gritos. 

No local, vários presos foram torturados e mortos. Uma das histórias é marcante: a do menino Clôdimar Pedrosa Lô.  Em 1967, o adolescente nordestino, na época com 15 anos, foi torturado e preso por suspeita de roubo. Hoje o túmulo dele é um dos mais visitados no Cemitério Municipal.

– Parque do Ingá

Quando ainda era bosque, já exitiam histórias de pessoas que teriam visto vultos no local. Em 1971, quando se tornou Parque do Ingá, os relatos permaneceram. “Nas duas épocas têm ocorrências de desova de cadáveres de gangues”, diz Laércio. 

 

– Jardim Alvorada e Vila Emília

Em ambos o bairros, pessoas relatam que ouviam barulho de pedras no telhado das casas. Diziam que eram os espíritos apedrajando os imóveis. Isso porque os moradores e nem mesmo a polícia conseguiu encontrar os agressores. 

Os casos foram registrados em 1991 no Jardim Alvorada e em 1988 na Vila Emília. Segundo registros da imprensa, no primeiro, os ataques só cessaram após a visita de um padre que benzeu as casas. No segundo bairro houve a intervenção de um pastor.

– Demônios na Estrada Guaiapó

Em 1955, o padre Benno Wagner, que atuava na paróquia São José Operário, foi chamado para exorcizar demônios em uma casa localizada na Estrada Guaiapó. O próprio padre contou, em um livro de memórias, que exorcizou o demônio e, pouco depois, a casa teria começado a tremer. Dias depois, foi a vez de casas vizinhas também tremerem por causa da presença de demônios.

– O bandido Saruê da Vila Operária

Saruê foi um bandido que morou na Vila Operária até a década de 1980. Apesar de ser criminoso, ele era protegido pelos moradores do bairro porque roubava dos ricos e dava aos pobres que viviam ali.

Até aí tudo normal. Só que reza a lenda que Saruê tinha um poder especial: se transformava em animais ou objetos para escapar da polícia.

“Ele foi uma espécie de Robin Hood da Vila Operária. Essa lenda é muito forte no bairro e contada até hoje”, diz o historiador. Saruê foi morto pela polícia após cometer um crime.

 

– Cemitério dos Caboclos, em Paiçandu

Na região também há diversas lendas, entre elas uma bem famosa: a do misterioso cemitério dos caboclos. Dizem que o local é mal-assombrado. Segundo pesquisadores, sua construção se deu entre as décadas de 1930 e 1950 e a finalidade era enterrar apenas os chamados “caboclos” que habitavam a região noroeste paranaense.

Pouco estudados, os caboclos eram mestiços, entre índios, negros, brancos e até muçulmanos. Estes mestiços eram pessoas de estatura mediana, fala mansa e marcados por construções rústicas. Os caboclos, inclusive, são considerados os primeiros habitantes da região metropolitana de Maringá. Eles teriam desaparecido na década de 60.

O local é repleto de artifícios usados para trabalhos espirituais, o que atrai a visita de muitos curiosos. 

A PR-323, conhecida como “rodovia da morte” por causa do altíssimo número de acidentes fatais, passa bem ao lado do Cemitério dos Caboclos. O relato mais emblemático é de um famoso personagem da região, que a comunidade apelidou de “Caboclinho”. Segundo a lenda, seu espírito apareceria no banco de passageiro de caminhões e puxaria o volante para a esquerda, causando acidentes.

Com colaboração de Maringá Histórica

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