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23 de abril de 2024

Subimos de elevador na Catedral; VEJA COMO FOI


Por Nailena Faian Publicado 28/09/2018 às 20h22 Atualizado 18/02/2023 às 10h57
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O elevador da Catedral Basílica Nossa Senhora da Glória ficou pronto há 15 dias. A reportagem do portal GMC Online teve o privilégio de ser um dos primeiros maringaenses a experimentar essa subida e mostra, em primeira mão, como foi a experiência.

A subida de 90 metros leva 1 minuto e meio, tempo que nem se compara com encarar os 600 degraus, como se fazia até março de 2010, quando ainda era possível chegar até os dois mirantes pelas escadarias.

Nos mirantes, que ficam no 16º e 17º andar, é possível ver Maringá em 360° e tirar fotos incríveis. A obra que possibilitou o elevador também é fantástica, já que ele precisou ser construído de forma inclinada, por causa do formato de cone da igreja.

A empresa responsável pelo elevador é maringaense: a Rays Elevadores. De acordo com ela, o elevador é inclinado em 80.6°, quando o comum é estar em 90°. Só que essa inclinação é imperceptível aos visitantes na hora da subida.

A Catedral, símbolo de Maringá e o maior monumento da América do Sul, foi concluída há 46 anos, em 1972. Na época, o fosso do elevador foi feito, no entanto, foi necessárioreestruturá-lo e recuperá-lo completamente para que o elevador fosse instalado. Para sua conclusão, foram gastos R$ 2 milhões. “Antes o fosso era muito pequeno, torto, sem acessibilidade”, comenta o pároco da igreja, Virgílio Cabral dos Santos.

Ele nos acompanhou por alguns dos 17 pavimentos da igreja que estão sendo reformados. O piso e as paredes passam por reparos; os guarda-corpos da escadaria recebem melhorias e todas as janelas serão trocadas. Depois disso, ainda será preciso fazer os novos sistemas de prevenção de incêndio, de iluminação e hidráulico.

A previsão é de que as obras nos pavimentos fiquem prontas, conforme contrato com a empresa responsável pela parte estrutural, a Restart Engenharia, em julho do ano que vem. Posteriormente, o local precisará ter a liberação do Corpo de Bombeiros.

É possível que o elevador – que tem capacidade para 8 pessoas – seja liberado para a população nesta data. No entanto, todas as obras da Catedral só ficarão prontas daqui três anos e não se descarta a possibilidade de o elevador só ser liberado quando tudo estiver concluído.

Após reformados, os pavimentos da igreja ganharão utilidade. De acordo com o padre Virgílio, a intenção é utilizar os espaços para reuniões das pastorais, atendimentos psicológicos, salas de confissão, catequese e reuniões de grupos. Todos os 17 andares têm banheiros.

Obra delicada
A obra é bem delicada. Cada janela dos 17 pavimentos tem uma medida diferente, por conta do formato de cone da Catedral. Uma empresa de fora precisou ser chamada para testar a resistência deles. “Eles jogaram duas vezes no vidro o equivalente a 450 quilos de impacto e não quebrou nem o vidro nem a esquadrilha dele, então passou no teste”, explica padre Virgílio.

Por conta da delicadeza das obras, a Restart Engenharia precisou montar um mini escritório na igreja. Eles ficam no 7º andar. “No total somos em 18 funcionários, entre administrativo e operacional, são cerca de 10 a 12 horas trabalhando aqui dentro. É uma obra inusitada, diferente”, comenta o técnico em edificações da empresa, Jorge Zorzenon.

Exclusividade

Além de ser o primeiro veículo da imprensa a subir de elevador na Catedral, a reportagem do portal GMC Online também teve acesso a locais onde a população não terá.

Após os 17 pavimentos, há outros cinco,  onde o elevador não dá acesso. É preciso subir de escada para, finalmente, chegar até o topo da Catedral.

Assim, chegamos a 108 metros de altura. Ao todo, a igreja tem 114 metros, mais dez metros de Cruz, totalizando 124 metros de altura.

Obras no térreo

No térreo, onde são celebradas as missas, também serão realizadas obras. As paredes, onde há concreto segregado, terão de ser recuperadas. Também há vários pontos de infiltração que precisam passar por reforma.

Orçamento e expectativas

Até agora, já foram investidos cerca de R$ 6 milhões na obra, dinheiro que provém de dízimo e doações arrecadadas na paróquia. Por ano, é gasto, em média, R$ 1 milhão na obra – a igreja arrecada, com dízimo, cerca de R$ 2,5 milhões.

Com a chegada do padre Virgílio, que veio de Jandaia do Sul e é nascido em Portugal, a visitação foi fechada imediatamente em março de 2010 para início das obras. Até então, cerca de mil visitantes passavam por lá mensalmente.

Agora, com as novidades, a expectativa é receber muito mais visitantes. Uma empresa será contratada para controlar o fluxo no elevador e nos pavimentos. Nos mirantes, por exemplo, podem ficar somente 30 pessoas por vez. “Vai se bacana porque pessoas que antes não podiam subir, como cadeirantes e crianças, terão essa oportunidade”, comenta o padre.

No vídeo abaixo, você confere como é o mirante, ainda em reforma.

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