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19 de abril de 2024

Cachaça orgânica da região faz sucesso na Espanha e França


Por Letícia Tristão Publicado 13/09/2018 às 19h55 Atualizado 18/02/2023 às 07h01
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Paixão nacional para muitos, a cachaça é o ingrediente principal da famosa caipirinha e de outros drinques consumidos em todo o país. A bebida é tão importante que tem até seu próprio dia: 13 de setembro. A data faz referência ao dia em que a corte portuguesa assinou a permissão para a comercialização da cachaça no Brasil, em 1661, impulsionada pela Revolta da Cachaça, que levou à legalização da bebida. Ela também é a primeira destilada das Américas e apareceu antes do rum, da tequila e do pisco.

Na região de Maringá, a produção de cachaça tem representantes e da cultura agroecológica. Em Paranacity (79 km de Maringá), uma cooperativa produz a cachaça orgânica “Camponesa”, que é livre de produtos químicos desde a produção da cana-de-açúcar até o processo de fabricação da bebida.

Segundo o cachaceiro responsável da cooperativa, Jacques Pellez, a única diferença desse produto para a cachaça convencional está na saúde de quem consome. “Quem ganha é o consumidor, porque ele ingere o produto sem componentes químicos dentro do processo. É uma opção que ele faz de qualidade de vida”, explica.

Por ano, essa cooperativa produz 15 mil litros de cachaça orgânica, sendo que 5 mil atravessam o oceano e são exportados para a Espanha e França. “Eles pagam, em média, de 5 a 6 euros por litro”, revela Pellez.

Ele ressalta que a cachaça não é um produto para ser consumido em grande volume. “A cachaça é feita para ser apreciada e consumida com moderação”.

O IBRAC (Instituto Brasileiro da Cachaça) afirma que a cachaça é símbolo do Brasil porque somente o país tem uma grande diversidade de madeiras para envelhecer a cachaça.

De origem incerta, já que há ao menos três versões segundo especialistas, a bebida é associada a um engenho de açúcar do extenso litoral brasileiro.

Há registros históricos de que a feitoria de Itamaracá, em Pernambuco, já produzia cachaça, em 1516. Também existem suspeitas de que a cachaça teria surgido em Porto Seguro, na costa do descobrimento do Brasil, em 1520.

Além da tradicional, o Brasil ainda possui três outros tipos de cachaça. A adoçada, com adição de açúcar; a armazenada que mantém a bebida em tonéis de madeira; e a envelhecida com, no mínimo, 50% dela estocada por um período superior a um ano.

A cachaça, segundo o IBRAC, é um dos quatro destilados mais consumidos mundialmente. No Brasil, a bebida é a segunda mais consumida e representa 72% do mercado de destilados, com mais de 4.000 marcas e cerca de 1.500 produtores registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Os principais estados produtores são: São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba. Em 2017, o Brasil produziu cerca de 8,75 milhões de litros de cachaça, que foi exportada para mais de 60 países.

com Folhapress

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