Produção de orgânicos deve aumentar 50% na região de Maringá
Um dos setores-chave para a economia de Maringá e região é o agronegócio, o que é demonstrado pelo número de profissionais atuando no setor. De acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), os profissionais registrados na modalidade de Agronomia na Regional são 3.477, sendo que 2.536 destes são Engenheiros Agrônomos.
Entre as atividades desenvolvidas por esses profissionais, o cultivo de orgânicos tem se mostrado cada vez mais atrativo, uma vez que a população expressa mais preocupação com a qualidade dos produtos que consome e com a preservação de recursos naturais.
“Os alimentos orgânicos não recebem agrotóxicos, agroquímicos ou fertilizantes sintéticos, também não são transgênicos. Precisam ter certificação orgânica, uma garantia sobre normas e práticas do cultivo”, explica o Engenheiro Agrônomo José Odair Mazia, coordenador de Horticultura do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
A expectativa é de crescimento da produção desses alimentos. Na região Noroeste há 230 propriedades rurais com certificado para o cultivo orgânico, e outras 80 estão em processo de conversão. Segundo Mazia, espera-se que o número de propriedades produzindo orgânicos na região cresça 50% nos próximos 18 meses.
Esse aumento na produção segue uma tendência nacional. Conforme levantamento divulgado neste ano pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o número de agricultores do segmento de orgânicos triplicou em sete anos, saltando de 5.934 cadastrados, em 2012, para 17.730, em 2019.
O trabalho de incentivo à produção de orgânicos realizado pelo Emater junto aos agricultores é um dos fatores que deve gerar o crescimento. Mazia explica que o processo de produção do tomate orgânico, por exemplo, é rápido. Com isso, em poucos meses um agricultor pode começar o cultivo para depois buscar a certificação.
