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24 de abril de 2024

Projeto proíbe separação de presos por facções


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 28/05/2019 às 14h23 Atualizado 22/02/2023 às 15h45
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Na semana em que o país assiste a mortes de presos em penitenciárias do Amazonas, no Paraná, um projeto apresentado na Assembleia Legislativa causa polêmica antes mesmo de chegar às comissões. O projeto proíbe a classificação e segregação dos internos do Sistema Penitenciário por critério de facções criminosas.

A proposta é do deputado estadual Soldado Adriano José (PV), de Maringá. Ele trabalhou 11 anos como policial militar e disse que o dia a dia prendendo suspeitos motivou o projeto. Ele defende que colocar presos rivais juntos enfraquece o crime organizado e diz que a penitenciária precisa ser um lugar “terrível”.

“Hoje, o faccionado sabe que se ele cometer um crime bárbaro e for preso, vai chegar dentro da cadeia e vai ser separado por facção. Na minha avaliação, isso é um absurdo. Nós precisamos fazer que as cadeias sejam um lugar ruim e fazer que sirva de exemplo para que os nossos jovens que pensam em entrar no mundo da criminalidade não queiram ir para lá. Se o bandido não quer se sujeitar às regras do estado, é simples: é só ele não matar, não furtar, não roubar”, afirma. 

O deputado faz uma ressalva: os chamados ladrões de galinha devem ser separados dos mais perigosos. Ouça na reportagem

O deputado não acredita que a separação de presos por facções ajude na ressocialização dos internos.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná emitiu uma nota alertando para os riscos do projeto. Segundo o Sindarspen, a medida promoveria o crescimento das facções no Paraná e aumentaria os riscos de rebeliões.

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