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17 de abril de 2024

Sítio arqueológico de Cruzeiro do Oeste se consolida


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 26/08/2019 às 14h24 Atualizado 24/02/2023 às 00h39
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2019 tem sido um ano importante para a paleontologia brasileira, principalmente no que se refere às pesquisas em Cruzeiro do Oeste (a 143 quilômetros de Maringá). Em junho deste ano, foi divulgada a descoberta de fósseis do “Vespersaurus paranaensis”, o primeiro registro de um dinossauro no Paraná. Agora, em agosto, pesquisadores publicaram um trabalho sobre o pterossauro “Keresdrakon vilsoni”, que viveu há pelo menos 80 milhões de anos também em Cruzeiro.

Os registros desses animais foram encontrados no mesmo sítio arqueológico da cidade. Mesmo o ano tendo sido bom, não se pode esquecer da história.

O sítio foi descoberto em 1971, quando o proprietário percebeu que os fósseis eram de alguma coisa importante. Mostras do material foram levadas para a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Lá, o conteúdo ficou guardado, mas pouco explorado até 2011. Naquele ano, o geólogo Paulo César Manzig teve acesso ao material na UEPG e foi conhecer o sítio em Cruzeiro do Oeste. Daí, materiais escavados foram levados para Mafra, Santa Catarina, na Universidade do Contestado.

De lá para cá, foram feitas quatro descobertas: além do pterossauro e do dinossauro neste ano, em anos anteriores foram encontrados registros de outro pterossauro e de um lagarto. Todos na mesma região de Cruzeiro.

O local, agora, fica sob a guarda da Prefeitura da cidade e do Museu de Paleontologia do município. Pesquisadores de outros países têm se interessado pelo campo. O museu, aliás, foi criado neste ano.

A coordenadora do Museu de Paleontologia de Cruzeiro do Oeste, Neurídes Martins, disse que agora há condições de se fazer pesquisas ali mesmo, sem precisar tirar o material da cidade.

No caso do pterossauro “Karesdrakon vilsoni”, cuja descoberta foi publicada há poucos dias e está sob a responsabilidade da Universidade do Contestado, Neurídes queria que o nome fosse outro – um título que homenageasse a região.

“Temos que garantir a presença desse patrimônio inestimável em nossa cidade e em nossa região”, ressalta.  

O Museu Paleontológico foi criado neste ano, mas os planos são ambiciosos. O interesse é ampliar o espaço e desenvolver um parque temático.

O sítio arqueológico tem 400 metros quadrados. Somente 20 metros foram escavados até o momento. O que significa que ainda há muito a ser descoberto.

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