Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

20 de abril de 2024

Começa mais um julgamento do ‘Maníaco da Torre’, em Maringá


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 05/12/2019 às 14h01 Atualizado 25/02/2023 às 05h05
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Começou nesta quinta-feira, 5, mais um julgamento de Roneys Fon Firmino Gomes, o “Maníaco da Torre”. O júri popular irá decidir se ele é culpado pela morte de Silmara Aparecida de Melo, assassinada em maio de 2012.

Este é o segundo julgamento de Roneys, que responde a seis processos por homicídio. Em março deste ano, ele foi condenado a 21 anos de prisão pela morte de Ednalva José da Paz, que tinha 19 anos quando foi assassinada em 2010. A defesa entrou com recurso.

A polícia estimou na época da prisão de Roneys que ele pode ser responsável pela morte de pelo menos 13 mulheres. Todas eram garotas de programa e os corpos foram encontrados em áreas rurais. Em boa parte dos casos debaixo de torres de transmissão.

Roneys pode ser considerado um dos maiores assassinos em série do Paraná. No caso de Silmara Aparecida de Melo, a defesa de Roneys alega que ele é inocente. Conforme disse em entrevista coletiva o advogado Willian Francis de Oliveira.

“A defesa é negativa de autoria. O Roneys negou na primeira vez que foi ouvido na delegacia, depois houve outras duas oitivas dele também na delegacia em que constou  a confissão. Em juízo o Roneys nega. O Ministério Público  tentou buscar alguma prova de que ele teria sido o autor do fato, não conseguiram. E nós vamos defender a negativa de autoria. A primeira vez que ele foi ouvido apresentou um álibi, disse que estava com uma mulher. Durante a instrução do processo, não trouxeram sequer uma testemunha, um fato ou um indício de que o Roneys foi o autor do fato”, afirma o advogado. 

Embora a defesa alegue que não há provas, o Ministério Público diz que a investigação sobre os crimes atribuídos a Roneys é uma das mais bem documentadas que se têm, explica o promotor de Justiça Robertson Azevedo.

“Hoje, o que tanto a defesa quanto a acusação vão fazer é mostrar para os jurados se há ou não provas. Eu, em 25 anos como promotor de justiça, um dos casos de mais bela elucidação dos fatos é esse. Todo mundo conhece, inclusive pelo documento que existe no processo de como foi identificado esse réu. Ele confessou, depois ele voltou atrás na confissão e o debate hoje é justamente saber se há provas suficientes para condenação ou não. O Ministério Público acha que tem”, garante Azevedo. 

No auditório, estudantes de direito e também familiares de vítimas. Ou de possíveis vítimas. Uma jovem de 22 anos que conversou com a reportagem da CBN Maringá disse que acompanhou o primeiro julgamento e vai acompanhar este e os próximos. Ela não tem dúvidas de que Roneys matou mãe dela, assassinada em 2007. Mas o caso foi arquivado por falta de provas.

Ouça a entrevista:

Dos sete jurados, três são homens e quatro mulheres. Três testemunhas serão ouvidas.

Quer receber nossas principais notícias pelo WhatsApp? Se sim, clique aqui, e encaminhe uma mensagem informando o seu nome.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação