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19 de abril de 2024

Conheça a ‘choca’, bebida alcoólica produzida pelos presos


Por Nailena Faian Publicado 24/07/2018 às 13h12 Atualizado 17/02/2023 às 18h44
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Estar preso em uma cadeia não é motivo para deixar de consumir bebida alcoólica. Mesmo sendo proibido, os detentos dão um jeitinho. Eles mesmos produzem um líquido que é chamado de choca.

A receita é simples. Eles pegam cascas de frutas e armazenam em garrafas pet. Misturam com água e deixam lá por dias, onde ocorre a fermentação e a transformação em bebida alcoólica.

Vem daí a origem do nome choca, pois a mistura fica “chocando” no recipiente.

No mês passado, a bebida foi encontrada na cadeia pública de São João do Ivaí (a 120 quilômetros de Maringá), durante uma revista do Setor de Operações Especiais (SOE) de Maringá.

Foram apreendidos 20 litros de choca, além de celulares e outros materiais proibidos. Luciano Brito é chefe do SOE de Maringá e diz não ser comum encontrar a bebida artesanal nas cadeias.

Isso porque já sabendo que os presos utilizam as cascas das frutas para produzi-la, somente frutas descascadas são permitidas. Já as garrafas pet entram nas cadeias nos dias de visita.

O engenheiro químico e produtor de cerveja Leandro Tocchet explica que os presos utilizam o processo de fermentação espontânea. “Se você macerar a fruta, a levedura vai se desenvolver, consumir o açúcar da casca, gerando o álcool.”

Só que a fabricação dessa maneira rudimentar, segundo ele, pode ser prejudicial para o organismo. “Não é algo controlado, então alguma coisa patogênica pode se proliferar, porque você não tem ideia do micro-organismo que está se alocando ali”, alertou.

A bebida leva em torno de seis dias para ficar pronta, bem menos que os 12 anos aguardados para os apreciadores de um bom uísque.

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