Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

19 de abril de 2024

Justiça decreta prisão de cardiologista suspeito de abuso sexual


Por Folhapress Publicado 18/01/2019 às 15h57 Atualizado 19/02/2023 às 17h00
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A Justiça Estadual de São Paulo decretou, nesta quinta-feira (17), a prisão preventiva do cardiologista Augusto Cesar Barretto Filho, suspeito de assediar sexualmente pacientes em seu consultório em Presidente Prudente, no interior do estado.

O médico foi denunciado sob acusação de violação sexual mediante fraude, num caso ocorrido em julho do ano passado. Mas outras 32 mulheres procuraram a polícia até aqui e prestaram depoimento relatando episódios semelhantes, que teriam ocorrido até 25 anos atrás.

Nesta quinta, o juiz João Pedro Bressane de Paula Barbosa, da 2ª Vara Criminal de Presidente Prudente, recebeu a denúncia e acatou o pedido de prisão, feito pelo Ministério Público. A prisão preventiva vale por tempo indeterminado, até decisão em contrário.

Os relatos são semelhantes: as mulheres acusam o cardiologista Augusto Cesar Barretto Filho de assediá-las durante os exames clínicos.

Algumas afirmam terem sido tocadas nos seios e na região íntima enquanto estavam deitadas na maca. Outras relatam que o médico esfregou o pênis ereto em suas mãos e braços. Há pelo menos um caso em que o médico teria se masturbado, enquanto a paciente estava de costas.

No caso denunciado pelo Ministério Público, ocorrido em julho de 2018, a paciente afirma ter sido tocada na região íntima enquanto estava sendo examinada, além de ser obrigada a encostar no órgão genital do cardiologista. Ela disse ter ficado em choque, sem reação, mas chorou e pediu para que ele parasse.

“São mais de 30 mulheres descrevendo o mesmo comportamento. Por indução, se conclui que estão falando a verdade, até porque uma não conhece a outra”, afirmou a delegada Adriana Pavarina, da Delegacia da Mulher de Presidente Prudente. “[Do contrário], seriam 30 mulheres falando a mesma coisa, de maneira falsa? Isso é juridicamente impossível de se acontecer.”

O cardiologista também é alvo de uma sindicância do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), sob suspeita de assédio. Ela foi instaurada em julho do ano passado e continua em andamento.

A defesa de Barretto Filho ainda não se manifestou sobre as acusações. O processo corre em segredo de Justiça.

Foto da capa: Ilustrativa/Pixabay

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação