2019: dos R$ 497 milhões da Saúde, apenas 6% foram para investimentos
Em 2019, a Secretaria de Saúde de Maringá previu gastar R$ 556 milhões. Com o término do ano, o número ficou um pouco abaixo. Foram empenhados R$ 497 milhões – ou seja, dinheiro que já foi ou será pago paras as atividades relativas. O dado consta em um relatório apresentado pela pasta, em uma audiência pública na Câmara de Vereadores. Foi nesta quarta-feira, 19.
R$ 204 milhões – 41% do total – foram para o pagamento dos aproximadamente três mil servidores da área. R$ 261 milhões, para outras despesas. E R$ 30,9 milhões – 6% – para investimentos. Nesse caso, o número é duas vezes menor que o previsto para 2019. A expectativa era investir quase R$ 67 milhões.
Dos quase R$ 31 milhões em investimentos, R$ 25 milhões vieram do Governo Estadual, para o Hospital da Criança.
Do total de R$ 497 milhões utilizado pela Saúde no ano, R$ 304 milhões vieram dos governos Federal e Estadual. R$ 192 milhões são do município. Esse volume equivale a 22% do total de imposto arrecadado na cidade. E está acima dos 15% obrigatórios para despesas com a saúde – chegando a 22% Mas esse valor não pagaria nem mesmo os gastos do servidores – que ficaram em R$ 204 milhões.
Conforme dados da Secretaria de Fazenda, Maringá esperava receber R$ 257 milhões por meio do Governo Federal em relação ao SUS. Entretanto, vieram R$ 234 milhões.
Reportagem exclusiva da CBN Maringá, publicada em dezembro de 2019, mostrou que, por conta da frustração de transferência de receitas, diversos serviços na cidade foram interrompidos.
O secretário de Saúde, Jair Biatto, disse que todos os municípios investem mais do que arrecadam. E que, apesar disso, a saúde em Maringá tem melhorado.
“O Brasil todo sabe que todos os municípios investem mais do que 15% do que eles arrecadam. Maringá, se investisse 15% da sua arrecadação, daria perto de R$ 120 milhões. Maringá colocou, no ano passado, mais de R$ 190 milhões. Essa é uma realidade de todos os municípios do país: colocam mais do que arrecadam. O que acaba acontecendo é que outras secretarias têm menos recursos porque o município teve que colocar dinheiro na Saúde. Mas é importante dizer, o município não tem problemas financeiros, consegue pagar todos as suas contas em dia e cada dia mais cresce e coloca mais dinheiro na Saúde”, afirmou.
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