Desse período em diante, o índice ficou nesse nível. No primeiro quadrimestre de 2018, 49,81%; no segundo, pequena redução: 49,04%; no terceiro, 49,61%. No começo deste ano, uma redução significativa: 48,39% - ou seja, após mais de um ano, o índice ficou abaixo do limite de alerta.
Essa redução, segundo o Executivo, foi possível graças a medidas como o corte de horas extras.
Só que, aí, no segundo quadrimestre deste ano, o índice subiu novamente. E, pela primeira vez chegou a 50,09% - acima do limite de alerta e próximo ao limite prudencial, de 51,30%.
Em resumo: os gastos com a folha estão vinculados à receita corrente líquida. Chamada também de RCL, ela é composta pela arrecadação dos últimos 12 meses.
Dado mais recente, do segundo quadrimestre deste ano, indicou que a receita líquida de setembro de 2018 a agosto de 2019 foi de R$ 1,35 bilhão. Desse total, R$ 677,9 milhões estavam comprometidos com o pagamento dos servidores ativos e inativos e também de pensões.
O número de funcionários públicos municipais aumentou de 12.138 em dezembro de 2016 para 12.633, em dezembro de 2017 - o que pode explicar o aumento significativa na folha nesses 12 meses.
Em dezembro de 2018 a prefeitura contava com 12.307 servidores. Em 30 de setembro deste ano, 12.411 funcionários.
De dezembro de 2016 até setembro deste ano, o aumento percentual do número de servidores foi de 2,25% - já os gastos subiram quatro por cento sobre a folha.
De dezembro de 2016 a setembro de 2019, o número de servidores inativos e pensionistas - que dependem, portanto, da Maringá Previdência - aumentou 26% - o que também incide no aumento de gastos com a folha.
De dezembro de 2016 a dezembro de 2017, o número de aposentados e pensionistas saiu de 2.633 para 2.874 - aumento de 9%. De dezembro de 2017 a dezembro de 2018, foi para 3.078 - elevação de 7%. De dezembro do ano passado até setembro deste ano, o aumento foi de 8% - já superando 2018 inteiro.
Na avaliação do secretário de Fazenda de Maringá, Orlando Chiqueto, o que tem impactado no crescimento do índice é a previdência dos servidores, no fundo financeiro, que é deficitário e aí a prefeitura tem de fazer aportes. Somente neste ano estão sendo depositados cerca de R$ 80 milhões.
Na gestão Maia, um concurso público foi feito. Já há um segundo marcado; e um terceiro deve ocorrer até o início do ano que vem. A Fazenda diz que o é algo calculado, para repor o que está em falta.
Ouça a reportagem da CBN Maringá.