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23 de novembro de 2024

Renda Fixa: O que você precisa saber antes de investir


Por Simone Matos Publicado 23/09/2024 às 14h10
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Você já deve ter visto ou ouvido em algum lugar, em conversa de amigos e talvez até do seu atendente bancário recomendações para investir suas reservas financeiras em algum título de Renda Fixa, com a promessa de maior rentabilidade que a poupança. Mas você sabe que modalidade de investimento é essa? São opções seguras para preservar seu dinheiro da inflação e ainda garantir algum rendimento? Como realmente funciona o pagamento de juros?

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Foto: Reprodução/Unsplash

Se você ainda tem alguma dúvida diante dessas questões esse artigo é para você. Os investimentos em Renda Fixa, são assim definidos devido aos rendimentos (taxas de juros) serem determinados no momento da contratação do ativo financeiro, ou seja, ao comprar um instrumento de Renda Fixa, você vai saber no momento da compra a rentabilidade desse ativo, sendo que esse rendimento pode ter sua remuneração prefixada, quando o valor dos rendimentos é calculado no momento da contratação da operação, ou pode ser pós-fixada, quando o valor total dos rendimentos é conhecido apenas quando é realizado o resgate do título, que acontece no dia do vencimento combinado.

Importante destacar que as taxas de juros utilizadas para remunerar esses títulos são normalmente atreladas a algum índice de preço do mercado, como o CDI, TR, SELIC, IGP-M ou IPCA. Ao escolher um título remunerado pelo IPCA, por exemplo, pode garantir que independente das variações econômicas que possam ocorrer até o vencimento do seu título, seu dinheiro vai estar protegido da inflação. Ou seja, a escolha do título, prazo para resgate e indexador vão garantir a remuneração a ser recebida, de acordo com o seu perfil e objetivos de curto ou longo prazo.

A dinâmica é bem simples, um título de Renda Fixa consiste em uma forma do Governo, Bancos ou demais instituições privadas se financiarem, e você como investidor ao comprar esses títulos, está emprestando o seu dinheiro para essas instituições, que vão pagar juros correspondentes ao período de utilização do seu dinheiro. Ao final desse contrato, no dia de vencimento do título, você resgata seu dinheiro e mais os juros que foram estabelecidos no momento da contratação.

Existem várias modalidades de Renda Fixa no mercado, alguns muito conhecidos como os Títulos Públicos Federais (Tesouro Selic, Tesouro IPCA+, …), os Títulos Privados Bancários (Certificado de Depósito Bancário – CDB, Letras Financeiras– LF, …), os Títulos Corporativos (Debêntures), os Títulos do Segmento Imobiliário e Agrícola (Letras de Crédito Imobiliário – LCI, Letra de Crédito do Agronegócio – LCA, …).

Os brasileiros têm cada vez mais ingressado no mercado financeiro, segundo dados da Associação Brasileira dos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA), os investimentos das pessoas físicas no primeiro trimestre de 2024 cresceram 6,4% em relação ao ano de 2023, totalizando aportes de R$ 6,8 trilhões. Ao considerar o mercado de Renda Fixa, tem destaque os investimentos em CDBs, que tiveram um aumento de 7,2%, somando R$ 923,5 bilhões. Os títulos públicos tiveram um aumento de 10,2%, com R$ 162,6 bilhões. As debêntures tradicionais cresceram 15,4%, somando R$ 40,4 bilhões. Alguns títulos do segmento Imobiliário e Agrícola tiveram aumentos de até 19,9%, totalizando R$ 111,3 bilhões.

E se você também quer ingressar nesse mercado, a dica é: busque informação! Conhecimento é a melhor ferramenta para fazer escolhas inteligentes, e está disponível de forma gratuita em diversos canais digitais como a Bolsa de Valores Brasileira (B3), que oferece cursos gratuitos sobre investimentos que atendem desde investidores iniciantes até os mais experientes. Espero que esse artigo também tenha contribuído para agregar conhecimento, e que se você ainda não investe, ou investe de qualquer forma porque alguém te disse que era bom ou melhor, a partir de agora você vai melhorar sua carteira de investimento e cuidar ainda melhor do seu dinheiro.

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