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19 de abril de 2024

A positividade em tempos de coronavírus


Por Victor Simião Publicado 02/04/2020 às 16h40 Atualizado 23/02/2023 às 13h51
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Começo esta crônica com uma história curiosa. Dias atrás, durante o trabalho, recebi uma ligação.

– Alô, Victor?!
– Sim.
– Gostaria de confirmar seu e-mail.
– Ah, claro. É o victorsimiao1@gmail.com.
– Victor com “C” no meio?
– Não, amigo: no início. A grande verdade é que meu nome é Cictor – eu disse, num tom jocoso que o cara do outro lado da linha entendeu.

Rindo, o interlocutor me pediu desculpas. Justificou a pergunta devido ao momento vivido. “Dias estranhos”, segundo ele. “

São dias estranhos, de fato. O coronavírus tem mudado o mundo. No meu caso, especificamente, o tempo de semi-isolamento me fez criar uma conta no Instagram e usar o Spotify. Agora, devo confessar, me sinto quase plenamente interligado ao século XXI. O que me falta para ser um jovem desta modernidade hipster é usar pochete e dizer que não há nada mais gostoso do que cerveja e hambúrguer artesanais

Sim, eu sei. Você está cansado de ficar em casa o dia todo sem fazer nada ou trabalhando de forma online. Sim, também sei que você não aguenta mais ver a cara da pessoa com quem você escolheu dividir a vida – o padre/pastor disse “na saúde e na doença” e não “em tempos de Covid-19”, né? Sim, sim, acalme-se. Logo, logo o Bar do Zé, o Atari, o Tabuleiros e o Divina Dose vão abrir novamente. E, se isso te consola, também me surpreendeu o fato de que esses locais não tenham sido poupados pelas medidas para combater o coronavírus. Porque, sim, eles prestam serviços essenciais ofertando, mesmo que não em gel, álcool.

Foi pensando em você que fiz uma lista de cinco fatos positivos, mostrando que nem tudo está perdido como o Palácio do Planalto em meio à crise.

1) A criminalidade em Maringá diminuiu durante esse período de isolamento. Sim, isso não é piada. Diferentemente de algumas figuras públicas, criminosos que atuam no ramo de furtos e roubos têm bom senso, tá óquei?

2) Há voluntários produzindo máscaras para hospitais de Maringá. A ação confirma a tese de que o maringaense é solidário em tempos de crise. O que é necessário fazer é mostrar que, desde que o mundo é mundo, crise é o espaço-tempo em que muita gente vive. Que possamos ajudar sempre.

3) Por conta do isolamento necessário para evitar a propagação da Covid-19, Tiago Iorc não tem feito shows.

4) Artistas de Maringá têm apresentando seu trabalho pelas redes sociais de forma gratuita. Destaco as cantoras Viviane Foss e Rubia Divino, o músico Ronaldo Gravino e o ator Leandro Foz. Gente da melhor qualidade que, de uma forma ou de outra, toca o coração das pessoas. E não há nada melhor do que ter o coração tocado em tempos como esse — sem a ajuda de um desfibrilador ou outra ferramenta médica.

5) O PornHub, site especializado em cu-linária para quem tem mais de 18 anos, disponibilizou um período de entrada gratuita. Confesso não ter acessado ainda porque não costumo consumir conteúdo relativo a temas que não entendo ou tenho pouco domínio. Mas, creio eu, talvez seja um ótimo site para seu pai, sua mãe ou mesmo seus avós acessarem nesse período de quarentena. Tenho certeza de que há sugestões criativas para serem feitas. Avise-os dessa boa nova!

Viu só. É possível ter esperança, sim. Comedida, eu diria. Nada muito ilusório, claro. Porque logo a quarentena acaba e outra tragédia se segue a ela: a volta dos shows do Tiago Iorc.

Com uma piscadela do olho esquerdo a quilômetros de distância e desejando a você muita saúde e álcool-gel,

Cictor.

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