HashtagGrandeHelena
– Pessoa, pessoal! – grita o professor Mauricio.
Os alunos na sala de aula estão eufóricos.
– Ô pessoal, ei!, colabora aí.
Os estudantes acabaram de voltar de uma aula de educação física.
– Eu vou falar pra vocês sobre os autores que a gente vai ler e discutir neste semestre, óquei?
O silêncio começa a tomar lugar enquanto os adolescentes pegam os cadernos para anotar o que o professor dirá.
– Álvares de Azevedo, José de Alencar, Machado de Assis e Lima Barreto.
João, filho de pais leitores e apaixonado pelo Sítio do Pica Pau Amarelo, sente falta de um nome. Decide questionar ao professor, então.
– E o Monteiro Lobato?
– Ele não – diz Maurício.
– Tem algum motivo?
– Não apenas o fato de ele ser racista, João, mas é porque ele não funcionaria no atual momento.
***
Na roda de conversa entre amigos, Bárbara, Bianca e Beatriz decidem quem vão chamar para a festa que ocorrerá em outubro.
– A gente pode levar o Marcelo, o Raimundo e o Otávio – diz Beatriz.
– E o William? – questiona Bianca.
– Ele não – diz Bárbara.
– E por quê?
– Ele é machista, homofóbico, sem contar que tem mau hálito, Bianca – responde Bárbara.
***
Preso na 9ª Subdivisão Policial de Maringá, Castilho, vulgo o Roedor (por conta dos dentes avantajados) prestará, dentro de instantes, o primeiro depoimento. Ele foi detido na noite anterior com 15 celulares furtados, uma quantia em dinheiro e gibis da Turma da Mônica.
O delegado Saviano entra na sala e dá as primeiras informações. Ele quer saber quem são os cúmplices nos crimes que o Roedor tem cometido na cidade.
– O Marcelin, vulgo Jogador, hein, bandido, ele é seu parceiro?
– Ele sim, dotô.
– E o Chico, vulgo Compositor, hein?
– Ele sim, dotô.
– E o Cristovão, vulgo Escritor, hein?
– E o Jair, vulgo Capitão, hein, bandido?
– Ele não, dotô.
– Ele não?
– Ele não, dotô. De forma alguma.
– Qual o motivo de toda essa ênfase, Roedor? O Capitão não ajudaria o grupo?
– Não, dotô. Falador demais.
– Han?
– Ao ponto de tá por aí há 30 anos e nunca ter feito nada grandioso. É só papo.
– Então ele não, Rodedor?
– Ele não.
***
– Até que gosto das crônicas do João, sabe. Inclusive dos contos que ele publica na coluna. Acompanho o trabalho dele desde quando o João cursava Jornalismo. Agora, pelo que sei, faz Ciências Sociais. Publicamente, ele não se posiciona. Eu, Tamires, particularmente, acho que ele deveria se posicionar. Não falar sobre o que está acontecendo agora é se omitir, é se abaixar para o inominável.
– Você acha que ele publicaria algo assim, tão claramente, para se posicionar?
– Não sei, Luis, não sei. Ele não faria isso.
– Nem de forma cifrada? Tipo uma crônica com o que ele acha mas de forma que dependa do leitor para o entendimento?
– Não sei, Luis. Ele não… Não é do perfil dele.
– O João não deve fazer nada, Tamires, é o que você acha?
– Ele não.
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