Ainda existem regras na moda?

Oizinho!

Hoje é dia de polêmica. Algumas pessoas discordarão completamente das coisas que direi aqui, outras concordarão e outras irão se assustar ao constatar que, finalmente, chegamos num momento da moda onde a regra é não existir regras.

Esqueça tudo o que lhe falaram sobre cores, combinações, saltos, comprimentos, tecidos. As antigas regras ditatoriais da moda – aquele mundo de do’s and dont’s – já estão ultrapassadas e foram abandonadas no fundo do armário, hoje o bonito é se sentir completamente representada pelas peças que você veste e enfrentar o mundo com a comunicação nua e crua das roupas no seu corpo.

Calma, explico: antigamente era comum que revistas de moda ditassem regras e padrões. “Jamais use tal peça com aquela peça”, “é errado usar…” “não se deve usar…”. Os truques de estilo continuam, assim como as normas de dress code em determinados lugares (trajes sociais em eventos de gala, uniformes e etc), mas o torcer de nariz para combinações improváveis e proibições pré-estabelecidas já estão foram de moda há algum tempo…

Nunca se viveu numa época tão tecnológica e moderna como a atual. O séc XXI traz com ele um leque enorme de inovações e possibilidades com a facilidade de acesso a tudo isso bem na palma da mão. As tendências aparecem na velocidade da luz e o consumo desenfreado – que é uma crescente preocupante e que poderemos discutir num próximo post… – facilita que a moda seja para todos. Dentro dos limites e possibilidades de cada um, grandes grifes hoje são copiadas pelas fast-fashions e até mesmo pelas pequenas lojas de bairro que vendem modelos muito semelhantes por preços extremamente mais baixos.

A facilidade do acesso à moda, a grande onda das redes sociais e as tendências chegando a todo instante através das influenciadoras digitais e blogueiras, permite que cada pessoa possa criar seu estilo e usar aquilo que se identifica. As passarelas estão cheias de combinações improváveis, assim como as pessoas que ocupam os lugares na plateia.

“Tudo que antes era considerado “brega” e “cafona” hoje pode ser levado como identificação própria, estilo e comunicação.”

Grandes eventos como as semanas de moda internacionais (São Paulo Fashion Week, New York Fashion Week, Paris Fashion Week…) chamam cada vez mais atenção pelos convidados do evento, que carregam os looks com informações de moda e utilizam das suas produções para mostrar as novas tendências e inovações do mercado.

Tudo que antes era considerado “brega” e “cafona” hoje pode ser levado como identificação própria, estilo e comunicação. Looks monocromáticos, combinações improváveis de acessórios, mix de estampas, cores fortes, peças conceituais usadas no dia-a-dia… Dentro do mundo da moda hoje tudo é permitido, desde que quem use se sinta bem, confortável e representado.

É importante frisar que, mesmo com toda essa liberdade, criticas de moda ainda existem – e como! Todos os grandes eventos de tapete vermelho e celebridades icônicas ainda rendem pauta para veículos de comunicação e grandes mídias. O fashion police não foi descartado, ele apenas perdeu o peso. Hoje “errar no look” não é mais capaz de afundar a reputação de uma it girl ou celebridade hollywoodiana como era no passado. Um exemplo disso é a cantora Rihanna, que em todo evento que marca presença dá o que falar com suas produções conceituais e é sempre uma das mais esperadas nos tapetes vermelho.

Em suma, hoje o bonito é se vestir da forma que te represente – seja ela como for! Usar e abusar das ferramentas que a moda nos oferece pode ser incrivelmente divertido e surpreendente. Misturar tendências e ousar é sempre bem aceito, aproveite!!

E ai, o que vocês acham dessa fase de libertação da moda? Acho que este assunto sempre rende discussões incríveis. Espero muito que tenham gostado!

Até semana que vem!

Beijo enorme.