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25 de abril de 2024

Parecem, mas não são Tornados!


Por De olho no céu, por Acácio Cordioli Publicado 09/04/2019 às 20h30 Atualizado 21/02/2023 às 01h56
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Geralmente recebo muitos registros de pessoas curiosas em saber se o que ela filmou ou fotografou era ou não um tornado. Pensando nisso preparei esse post para falar das formações que mais se parecem com tornados, mas que não são.

Começando pela mais famosa que é a nuvem escudo ou scud cloud. Esse tipo de formação costuma ocorrer em regiões de vales, quando as tempestades se formam no período da manhã ou na madrugada, momentos em que a umidade está mais alta.

Elas são geradas no momento em que o ar frio que desce da nuvem ao atingir o solo e encontrar um ambiente bastante úmido e mais quente acaba se condensando, dando a impressão de que a nuvem realmente está tocando o solo.

O fato de haver um vale geralmente dá essa impressão para pessoa que está olhando para ela. O que elimina o fato de ser um tornado é a ausência de rotação. Aqui em Maringá a região do Rio Pirapó, próximo a Marialva, é um dos locais onde mais vimos esse tipo de fenômeno.

Gustnado

Outro fenômenos que também lembra bastante um tornado é o gustnado. Este já mais raro de observar. Ele é formado junto às frentes de rajada. Se formam quando o ar frio que desce da nuvem atinge o solo e faz com que o ar quente (mais leve) que está na superfície suba rapidamente, dando origem a um vórtice que faz com que a poeira levante e ganhe giro.

Se o observador estiver olhando só para o vórtice no solo e não se atentar para o tipo de formação e a ausência de um vórtice também na nuvem irá achar que se trata de um tornado, mas não é. Isso porque tornados não se formam em frentes de rajada e também porque não há um vórtice na nuvem na base da tempestade.

Em Maringá vi poucas vezes essa formação. A zona rural geralmente é o melhor lugar observá-los, de preferência quando o temporal vem após um longo período sem chuva.

Dust devil (poeira do diabo)

Esse é um dos mais comuns. Ele acontece sempre em dias de tempo limpo, seco e quente. Comum em áreas secas onde a poeira reina, deve ter recebido este nome de alguma mãe, que sempre ao terminar de limpar sua casa via um no horizonte já gritava: “filho corre fechar a janela lá vem aquela poeira do diabo, pra sujar tudo que eu limpei”.

Esse fenômeno não é um tornado por se formar sempre em dias que o céu está sem nuvens. No entanto, mesmo que possam parecer inofensivos, alguns podem ser grandes e gerar ventos moderados, no YouTube há alguns vídeos clássicos deles interrompendo algumas peladas, piqueniques e festas ao lar livre, etc. Indico ficar longe deles se não quiser ficar vermelho de terra.

Aqui em Maringá sua formação é mais comum nos meses mais secos do ano. Se quiser tentar a sorte de ver um, sugiro que procure a zona rural, de preferência após uma colheita. Eu ainda não registrei nenhum porque sempre que saio para fotografar é porque tem um temporal por perto.

Nuvem Funil

A nuvem funil também costuma fazer com que as pessoas achem que se trata de um tornado. Depois da nuvem Scud, provavelmente é a formação que mais “engana”, principalmente se o observador não tiver um horizonte livre de construções.

A nuvem funil só não é um tornado porque não toca o solo. Sua formação geralmente dura, em média, menos de 5 minutos, o que torna sua visualização um grande desafio. Aqui em Maringá, elas não são raras. Já tivemos alguns registros icônicos como aquela que se formou no aeroporto da cidade em janeiro de 2018. Outro grande registro foi feito entre Maringá e Marialva no dia 29 de novembro de 2018. Nunca passei uma temporada sem ver uma aqui na região. São sempre um espetáculo.

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