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24 de abril de 2024

Os melhores filmes de 2018


Por Elton Telles Publicado 02/01/2019 às 18h16 Atualizado 19/02/2023 às 13h40
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Como é de praxe nos finais de ano, listo abaixo os Melhores Filmes de 2018. Para elencar o ranking, atenção para algumas regras pessoais:


1. Considero os filmes somente lançados comercialmente nos cinemas brasileiros, o que exclui inéditos e exibidos em mostras, festivais ou eventos específicos.
2. Também não considero produções que estreiam em plataformas de streaming ou Video on Demand. Sei que há muitos filmes excelentes que chegam primeiro nestes espaços e não ganham as telonas por aqui, mas o motivo de não contemplá-los é: não dou conta de assistir tudo o que a Netflix produz, por exemplo. Sendo assim, é com pesar que produções de destaque como “Aniquiliação”, “O Outro Lado do Vento” e “Lazzaro Felice” não esteja na lista dos melhores. Mas são filmaços, fica a recomendação.

Sem mais delongas, em ordem decrescente, vamos ao Top 20.

#20
A ROTA SELVAGEM (Reino Unido)
Direção: Andrew Haigh

A corrosão da inocência pela violência que corre solta no mundo. Ao final da jornada emocionante de “A Rota Selvagem”, um garoto vítima de acasos não tem dúvidas de quem ele realmente é e quem ele pode se tornar.

 

#19
ZAMA (Argentina)
Direção: Lucrecia Martel

“Somos prisioneiros de nós mesmos”. Com pinceladas cômicas e um dedo de fantasia, a diretora Lucrecia Martel retorna ao século XVIII, período de colonização da América do Sul, para retratar as angústias de um oficial das navegações que anseia pela própria libertação.

 

#18
PONTO CEGO (EUA)
Direção: Carlos López Estrada

O racismo estrutural e as grades sociais impostas por um sistema opressor são delineados com cores, música e assinatura de López Estrada em um filme com diversas cenas surpreendentes, de deixar o espectador boquiaberto.

 

#17
CONQUISTAR, AMAR E VIVER INTENSAMENTE (França)
Direção: Christophe Honoré

O romance entre um escritor e um jovem se descobrindo sexualmente é galgado em desencontros, promessas e admiração. Poderia ser um filme como qualquer outro, mas a sensibilidade de Honoré em discorrer a história é acertada, entre várias razões, por elevar como protagonistas os homens da relação, e não as condições que eles vivem.

 

#16
VOCÊ NUNCA ESTEVE REALMENTE AQUI (Reino Unido)
Direção: Lynne Ramsay

Ramsay se aventura em um filme de ação e subverte o gênero ao torná-lo “silencioso” e introspectivo. A condução da trama resulta em cenas memoráveis e com personalidade, sempre colocando em foco um Joaquin Phoenix espetacular.

 

#15
VINGANÇA (França)
Direção: Coralie Fargeat

Uma narrativa movida à adrenalina, reviravoltas e um trabalho impecável de composição visual dão o tom a esse conto exploitation, banhado a sangue, sobre uma mulher se vingando de seus estupradores. O conteúdo não é novidade, mas o refinamento do material é de encher os olhos.

 

#14
UMA NOITE DE 12 ANOS (Uruguai)
Direção: Álvaro Brechner

Mesmo retratando um período obscuro da ditadura militar no Uruguai dos anos 1970, Brechner não deixa apagar a faísca de esperança que precisa permanecer acesa. Em um dia vence o fascimo, no outro vence a democracia. Baita filme!

 

#13
ILHA DOS CACHORROS (EUA)
Direção: Wes Anderson

Seguindo a peculiaridade típica de sua filmografia, Anderson entrega um filme de discurso político pungente travestido de animação fofinha povoada por cachorros. Excêntrico e apaixonante.

 

#12
AMANTE POR UM DIA (França)
Direção: Philippe Garrel

Melancólico e com extrema clareza em seu discurso, “Amante por Um Dia” é mais um filme ímpar de Garrel sobre a efemeridade e desilusão das relações amorosas, emoldurado em um preto e branco que transcende poesia.

 

#11
ROMA (México)
Direção: Alfonso Cuarón

Olhar pra dentro e pro passado como exercício de preencher as lacunas da própria existência. Alçando um agente marginalizado como protagonista, o diretor mexicano Alfonso Cuarón repercute, nas entrelinhas, os efeitos da sociedade e os afetos de uma família.

 

#10
PROJETO FLÓRIDA (EUA)
Direção: Sean Baker

A infância capturada como poucas vezes no cinema. Em “Projeto Flórida”, a crítica social e o esmorecimento do sonho americano não vão muito além dos muros de um hotel cor-de-rosa de beira de estrada.

 

#9
EM CHAMAS (Coréia do Sul)
Direção: Chang-dong Lee

O roteiro é um enigmático jogo de metáforas. Inicialmente é apresentada uma trama linear, sem muitas inserções; aos poucos, são introduzidos alguns adjacentes à história, que, somados à sutileza e atmosfera da condução, ao final o espectador está completamente absorto com a riqueza de informações, sem sentir necessariamente “bombardeado” por elas. “Em Chamas” é um verdadeiro golpe de mestre.

 

#8
A FÁBRICA DE NADA (Portugal)
Direção: Pedro Pinho

De veia experimental na abordagem e um script genial e atualíssimo, o filme passeia por diversos gêneros (comédia, documentário e até musical) para ruminar os dissabores das condições trabalhistas aprisionadas pelo regime capitalista em situação alarmante de crise global.

 

#7
HEREDITÁRIO (EUA)
Direção: Ari Aster

É impressionante que este seja a estreia de Ari Aster no cinema. Filmando com a verve de um veterano, desconfio que o diretor de “Hereditário” engoliu Roman Polanski para nos presentear com o melhor filme de terror dos últimos anos.

 

#6
INFILTRADO NA KLAN (EUA)
Direção: Spike Lee

O DNA vem dos exemplares blaxploitation e seriados policiais dos anos 1970, mas a forma e conteúdo de “Infiltrado na Klan” sedimentam um autêntico Spike Lee em um de seus momentos mais inspirados. Sobre resistência e combate ao ódio, este é um filme para a posteridade.

 

#5
ARÁBIA (Brasil)
Direção: Affonso Uchoa, João Dumans

“Arábia” lança um olhar comovente, sincero e humanista para abordar as agruras da classe trabalhadora no Brasil, representada no rosto cansado do estreante Aristides de Souza. Ternura e brutalidade se chocam em cena, provendo um belíssimo exercício de observação.

 

#4
TRAMA FANTASMA (EUA)
Direção: Paul Thomas Anderson

O amor colocado à prova por dois gigantes do cinema: um da dramaturgia (Anderson) e outro da atuação (Daniel Day-Lewis, em seu provável último filme). Eles se reencontram para um doentio e magistral conto de resiliência afetiva. “Trama Fantasma” é uma obra-prima.

 

#3
LADY BIRD (EUA)
Direção: Greta Gerwig

É maravilhoso e palpável o que a diretora Greta Gerwig atinge com o coming of age “Lady Bird”, um libelo sobre aceitação, pertencimento e amadurecimento. A atriz Saoirse Ronan nasceu para dar vida à personagem-título.

 

#2
CUSTÓDIA (França)
Direção: Xavier Legrand

Um drama básico de tribunal que vai ganhando camadas mais profundas até se revelar um assustador projeto sobre alienação parental e violência doméstica. É humanamente impossível chegar indiferente ao final de “Custódia”.

 

#1
ME CHAME PELO SEU NOME (Itália/França/Brasil/EUA)
Direção: Luca Guadagnino

Um amor de verão para a vida toda.

 

Um ótimo 2019 a todos os leitores!

Pauta do Leitor

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