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24 de abril de 2024

A história da democracia nos condena


Por Gilson Aguiar Publicado 02/10/2018 às 13h05 Atualizado 18/02/2023 às 11h22
 Tempo de leitura estimado: 00:00
https://www.facebook.com/radiocbnmaringa/videos/445582979182120/

O Brasil desigual continua independente de nossas escolhas. O que as eleições não vão resolver é um projeto econômico que altere as relações econômicas do país. Nosso problema, que muitos consideram ser moral é, na prática, um passivo social construído ao longo do tempo. O país continua miserável. E a miséria é um problema em todos os sentidos. Uma imoralidade.

Os discursos de salvação nunca deixaram a miséria ser vencida. Ela é o porto seguro da permanência da espera por dias melhores. Como afirma Cacá Diegues, o Brasil que tanto se fala ser o país do futuro, nunca se lembra de que o futuro chegou e não trouxe a tão esperada redenção social. Porem, não há homem público que construa uma carreira de sucesso sem dizer que o futuro trará a superação dos nossos problemas.

Quando observamos a escolha do representante público, ela nunca vem sustentada por esta lógica, a permanência da miséria humana. Não buscamos compreender que há uma lógica no poder. Nossa economia livre, concorrência, de mercado, voltada ao estímulo da construção do potencial humano para a competição e iniciativa privada é destruída pela necessária dependência das mazelas públicas. Bolsa família, minha casa minha vida, a miséria subsidiada. Este é o nosso mal.

Por isso, talvez, os que propõem saídas fundadas em lógicas econômicas, em incentivo privado, em gestão eficiente, não encontram eco junto às classes populares. A realidade de nossas limitações não nos serve para escolha política. A retórica do patronato sempre se mantém. Esta é a verdade de manter a miséria. Ela é necessária para eternizar o discurso do país do futuro, da falta da imoralidade, da necessidade de eleger o “cabra macho” ou o santo abençoado, que nada resolve e tudo se mantém.

 

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