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19 de abril de 2024

O FIM DA NOVA REPÚBLICA?


Por Tiago Valenciano Publicado 31/10/2018 às 14h40 Atualizado 18/02/2023 às 19h36
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Durante o processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff (2016) – ora visto como um golpe, o cientista político Leonardo Avritzer analisou que estaríamos no fim do período histórico atribuído à “Nova República” – ou, então, Sexta República Brasileira. Diante do cenário do “golpe”, não restavam dúvidas quanto ao processo que culminou na ascensão de Michel Temer (MDB) ao comando político do país. Mas, estaríamos sim vivenciando o final da Nova República?

Com início em 1985, a Nova República é marcada pelo término da ditadura militar, que perdurava no país desde 1964. Era o término do processo de transição de um governo autoritário, marcado pelos diversos atos institucionais e medidas repressivas contra à democracia, para uma nova fase de liberdade de expressão e de escolhas. As eleições sucessivas, a manutenção do regime democrático e as garantias constitucionais são os grandes avanços experimentados pelos brasileiros a partir de então.

Porém, este período histórico pode ter chegado ao final em 28 de outubro de 2018, com a eleição de Jair Messias Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República. Após anos de alternância no poder entre a dupla PSDB/PT, um “outsider conhecido” da política, detentor de 7 mandatos consecutivos na Câmara dos Deputados, vence a eleição mais importante dos últimos anos. Com estrutura partidária mínima e grande militância nas redes sociais e internet, a campanha vitoriosa trouxe à tona o protagonismo dos filhos da “Nova República” que, de eleitores passaram a ser os eleitos.

É prematuro, portanto, concordar com tal análise. Mas é preciso dizer que a Nova República pode estar perto do fim. A indecisão do projeto político de Bolsonaro é um dos argumentos de que tal período possa ter sido sepultado. Acompanharemos este novo/velho tipo de fazer política, em que o cidadão tem mais do que vez, tem a voz para concordar ou criticar, aceitar ou reivindicar e, principalmente, opinar.

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