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18 de abril de 2024

O Fato entrevistou Ricardo


Por Zona Livre Publicado 25/02/2019 às 18h00 Atualizado 20/02/2023 às 07h44
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Ricardo Barros recebeu Carlos e Ligiane Ciola, de “O Fato Maringá”, para uma entrevista.

O deputado federal Ricardo Barros concedeu entrevista a “O Fato Maringá” no último sábado (0902) na sede de seu escritório político de Maringá, na Avenida Prudente de Moraes. Entre os temas propostos pela redação, estavam seu futuro político e os possíveis desgastes provocados por questões polêmicas como o pedido de aposentadoria da ex-governadora Cida Borghetti, os problemas judiciais relativos à sua atuação no Ministério da Saúde, os motivos que o levaram a se candidatar à Presidência da Câmara dos Deputados, e a sucessão na Prefeitura de Maringá daqui a dois anos.

Ligiane Ciola: O senhor começou na política com uma vitória que ninguém esperava, talvez só senhor acreditava na vitória. Com apenas 29 anos foi eleito Prefeito de Maringá em 1989, e hoje a distância de 30 anos possui em seu currículo 5 mandatos de deputado federal completos e acaba de iniciar o sexto, foi Ministro da Saúde por quase dois anos, isso para falar só de mandatos conquistados nas urnas. E agora? Algum objetivo, ou seus adversários tem razão quando dizem que para senhor, politicamente o sol já estaria se pondo?

Ricardo Barros: “Eu faço o que eu gosto, eu faço política porque é meu prazer. Eu acho que vou estar à disposição da população para que eu possa continuar, trazendo para a cidade, para a região e para o Paraná, as conquistas que são importantes. Obras como o terminal que está sendo construído, foram recursos de R$70 milhões de financiamento da Caixa Econômica Federal que eu consegui como Deputado Federal. Obras como o contorno norte, como o rebaixamento da linha férrea, o Hospital Municipal, a ampliação do aeroporto que está em andamento, são com recursos da bancada federal do Paraná, e que eu como membro da comissão de orçamento, articulei para que nós pudéssemos ter, fora uma infinidade de obras que nós, ao longo do tempo conseguimos fazer. Então é o que eu gosto de fazer, servir a população, melhorar a qualidade de vida das pessoas e me parece que temos um bom número de maringaenses que são gratos por esse trabalho que realizamos”.

Ligiane Ciola: Alguns de seus adversários políticos dizem que sua rejeição eleitoral em Maringá é de 60%, e que toda pessoa que for indicada pelo senhor como candidato a prefeito de Maringá, terminará por absorve-la.

Ricardo Barros: “Não são índices verdadeiros, os progressistas terão um candidato a prefeito aqui em Maringá, como em todas as eleições no passado. Nessa eleição haverão muitos candidatos de vários partidos porque a lei eleitoral mudou, e agora não permite coligações proporcionais para vereadores, e portanto os partidos tem que montar chapa própria, sendo mais fácil montar chapa própria quando você tem um candidato a prefeito. Acredito que teremos mais de 10 candidatos a prefeito e os progressistas terão um candidato a altura. Decidiremos em abril do ano que vem, momento em que se abrirá a janela para mudanças partidárias”.

Ligiane Ciola: O senhor poderia concorrer a prefeito?

Ricardo Barros: “Poderia, estou apto”.

José Carlos Leonel: Apto sim, mas o senhor tem vontade de concorrer?

Ricardo Barros: “Esse é um outro problema, vocês me perguntaram se eu poderia. Eu posso. Se concorrerei ou se outro concorrerá, veremos em abril do ano que vem”.

Ligiane Ciola: Hoje o senhor enfrenta a questão de kits do Ministério da Saúde, dos falsos positivos, das licitações, tem também quem faz críticas à presença da ONG – Organização Mundial da Família no tramite da construção do Hospital da criança, e o senhor enfrenta também incômodos, como ter que ouvir o Governador Ratinho dizer que daqui para frente cortará a aposentadoria dos ex-governadores, numa clara alusão ao pedido de sua esposa, a ex-Governadora Cida Borghetti. Como o senhor analisa seu momento político, como enfrenta essas questões e o desgaste político que podem produzir?

Ricardo Barros: “Bem, os questionamentos sobre quem realiza são sempre presentes, quem não faz nada, não é questionado por nada. Eu como faço muito, realizo muito, eu concordo que eventualmente algumas questões nossas sejam contestadas. Nós responderemos. Sobre os kits do Ministério da Saúde, digo que, eles foram comprados com testes feitos antes da compra, eles tem registro na Anvisa, e um kit que tem registro na Anvisa, se não funciona não é nossa responsabilidade, quem deu o registro e comprovou a eficácia foi a Anvisa. Os demais questionamentos que vocês colocam aqui, sobre outras situações que ocorrem e que eu tenho como todos sabem, disposição para responder ao Ministério Público e o Judiciário, porque questiono seus privilégios, então naturalmente tem um embate”.

“Quanto ao Governador Ratinho Júnior, eu tenho apreço por ele, foi secretário da governadora Cida Borghetti, e também no período em que Cida era vice-governadora do Beto Richa, e espero que ele faça um bom mandato. Esperamos do Ratinho Júnior, realizações”.

“Sobre a questão da ONG. A verdade é que tem R$ 160 milhões disponíveis para a construção do Hospital da Criança. R$ 90 milhões eu mandei enquanto Ministro da Saúde, R$ 30 milhões o Governo do Estado vai aportar, foi um pedido que fiz ao ex-governador Beto Richa naquele momento, e R$ 40 milhões, a Organização Mundial da Família vai aportar para o hospital. Com esse dinheiro, ele será construído, equipado, mobiliado, e com as pessoas treinadas para seu funcionamento; então não é uma obra, é um pacote de investimentos. Eu fico feliz por poder articular essas questões e dotar Maringá de uma obra fundamental que vai gerar 1000 empregos, mas mais importante do que isso, nossas crianças que hoje vão tratar de câncer em Curitiba, vão passar a ser tratadas aqui”.

Ligiane Ciola: Por que o senhor se candidatou a Presidente da Câmara dos Deputados?

Ricardo Barros: “Me candidatei a presidência da Câmara, duas semanas antes das eleições, somente porque queria chamar a atenção do parlamento para um movimento que se sucederia de tentativa do Judiciário, do MP, de atrapalhar a votação da reforma da previdência, como de fato tem ocorrido; da pauta do Ministro Moro que viria tentando colocar o poder judiciário acima dos poderes legislativo e executivo e nós não podemos permitir. Nós queremos combater crimes, queremos transparência mas não podemos dar ao judiciário poderes acima dos demais poderes, porque nossa constituição não preconiza isso; ela preconiza harmonia entre os poderes. Minha candidatura foi uma marcação de posição. O Presidente Bolsonaro disputou 3 eleições para Presidente da Câmara e perdeu todas, nas três vezes juntas obteve 15 votos e hoje ele Presidente da República”.

José Carlos Leonel: Que avaliação o senhor faz desse início de mandato. O que o senhor percebeu em termos de renovação?

Ricardo Barros: “Temos um conjunto muito grande de parlamentares “novatos”, são em torno de 115 que nunca exerceram função pública antes, os outros, ou foram vereadores ou deputados estaduais ou prefeitos e conhecem o funcionamento da máquina. Espero coragem desse parlamento. Coragem para votar a lei “de abuso de autoridade”, para mudar o Estatuto da Criança e do Adolescente, que precisa dar deveres aos alunos e não só direitos, saber respeitar os professores. Teremos que enfrentar esses temas que são complexos, tipo, desarmamento ou armamento, o combate ao crime organizado, quem sabe conseguiremos evitar que os celulares entrem nos presídios, que é proibido, é verdade, mas sempre tem, não se consegue dar solução ao problema. Temos que discutir os vazamentos de informações de processos em segredo de justiça, que são feitos seletivamente pelo MP para atingir determinados atores políticos, que também o nosso código penal diz que é crime, e que precisam ser punidos”.

José Carlos Leonel: No passado recente, o senhor disse que se colocava à disposição de quem está governando. Podemos esperar coerência também em relação ao governo Bolsonaro?

Ricardo Barros: “O Brasil tem um presidencialismo de coalizão. O partido do presidente Bolsonaro tem 52 parlamentares na Câmara, para ele aprovar uma lei são necessários 257, para aprovar uma emenda constitucional precisa de 308, ele obviamente como todos os outros não pode governar só com o partido dele e precisa de uma coalização parlamentar para governar, e é isso que nos fez estar em todos os governos como parte da coalizão e garantir governabilidade, por isso fui vice-líder do FHC, da Dilma, do Lula e ministro da Saúde no governo Temer e vou contribuir com o Bolsonaro naquilo que eu acreditar que é o caminho certo. Eu vou votar a favor daquilo que eu acredito. É isso que todo parlamentar tem que fazer”.

Ligiane Ciola: Sobre o Contorno Sul Metropolitano, de onde sairão os outros R$ 400 milhões que faltam para fazer a obra?

Ricardo Barros: “Conseguimos aprovar R$ 50 milhões para esse ano. Temos que fazer um trabalho político para convencer o DENIT a licitar a obra. O DENIT licita diretamente, essa obra não tem outros recursos municipais ou estaduais. O dinheiro virá do Ministério dos Transportes. Se pudermos iniciar a obra, usaremos os R$ 50 milhões para a desapropriação das áreas e terminada a licitação, poderemos dar a ordem de serviço desse empreendimento, assim como foi feito com o Contorno Norte. São anos e anos de luta para pôr uma obra em pé, não é de uma hora para outra que faz uma obra desse porte”.

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