Petróleo fecha em alta pela 3ª sessão seguida com potencial sanção às exportações da Rússia
Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 11, pela terceira sessão consecutiva, após a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmar que a Rússia pode ser alvo de mais sanções pelos EUA. O petróleo ainda era sustentado pelas tensões geopolíticas globais, colocando em segundo plano a revisão de crescimento da demanda global pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 2,47% (US$ 1,70), a US$ 70,29 o barril, enquanto o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,84% (US$ 1,33), a US$ 73,52 o barril.
Em entrevista à Bloomberg TV nesta quarta-feira, Yellen disse que o mercado de petróleo mais brando cria oportunidade para mais ações contra a Rússia, com o objetivo de enfraquecer a capacidade de o país de manter a guerra contra a Ucrânia.
Mais cedo, a Opep cortou em 210 mil barris por dia (bpd) a previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano, para 1,61 milhão de bpd. Em contrapartida, os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram pela terceira semana consecutiva.
Os relatos de que os EUA estão pensando em impor novas sanções às exportações de petróleo da Rússia reverteram a recente queda nos prêmios de risco de energia, impulsionando os preços da commodity juntamente com a recuperação contínua do sentimento da demanda, diz a TD Securities.
Em resposta ao fortalecimento dos sinais de tendência, o banco canadense espera que os consultores de negociação de commodities (CTAs) comprem petróleo bruto WTI e Brent em meio a uma rodada em larga escala de cobertura de posição vendida.
Para 2025, a UBS Wealth Management mantém uma perspectiva moderadamente construtiva para a commodity, que deve se beneficiar do gerenciamento contínuo da oferta da Opep+, do aumento do posicionamento especulativo e dos baixos estoques.