Reservatórios estão abaixo de 2023 e 2022, mas em condição muito adequada, diz ONS


Por Agência Estado

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Marcio Rea, disse nesta quinta-feira, 12, que, na média, os reservatórios do País terminaram novembro com 44% da sua capacidade, ainda abaixo do registrado para o mês em 2022 e 2023, mas em condição “muito adequada” para o atendimento do sistema. Ele afirmou que três dos quatro subsistemas do País, à exceção do Norte, devem encerrar o ano acima de 40%.

“Tivemos um novembro já apresentando chuvas acima da média e chovendo no lugar certo, nas bacias de interesse, a maior parte concentrada no Sudeste”, disse Rea.

O ONS informou que, no fim de novembro, o armazenamento nas bacias do Sudeste e Centro Oeste chegou a 43% da capacidade, contra 40,4% ao fim de outubro. Já no Nordeste, esse porcentual foi de 45% ante 44,6% no mês anterior.

No fim do ano, espera-se uma média nacional de 48,7% de armazenamento, porcentual que, em 31 de dezembro de 2023 era de 60%.

Desagregando por região, espera-se que o subsistema Sul chegue ao fim do ano com 60,5% da capacidade de energia armazenada, Sudeste/Centro-Oeste, 48,7%, e Nordeste 46,8%. A região Norte deve chegar ao fim do ano com reservatórios a 38,3% da capacidade, informou o ONS

2025

Com relação a 2025, disse o diretor de planejamento do ONS, Alexandre Zucarato, é difícil fazer previsões, mas o ONS trabalha com uma expectativa mínima de 41% da capacidade dos reservatórios ao fim do período de chuvas, ao fim de abril e início de maio, e máximo de 88%.

“Se ficarmos no limite inferior teremos de despachar térmicas para fazer a ponta (horários de pico de consumo, à noite), sobretudo quando tiver ‘calorão’ misturado a baixo vento. No melhor cenário (88% de armazenamento), poderíamos prescindir da geração termelétrica mesmo para a ponta no auge do calor e pouco vento”, disse Zucarato.

O diretor do ONS lembrou que hoje sobra geração de energia e falta potência, se referindo à capacidade de entregar energia nos momentos de menor geração de fontes renováveis e consumo maior, situação que pode se agravar do fim de 2025 em diante se o sistema não acompanhar a demanda por energia.

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