O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) teve superávit primário de R$ 36,883 bilhões em outubro, após déficit de R$ 7,340 bilhões em setembro, informou o Banco Central nesta sexta-feira, 29.
O superávit de outubro foi o maior para o mês desde 2016, quando o setor público teve saldo positivo de R$ 39,589 bilhões.
O resultado primário reflete a diferença entre as receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública.
Projeções do mercado
O superávit foi menor do que a mediana da pesquisa Projeções Broadcast com instituições do mercado financeiro. Ela indicava saldo positivo de R$ 40,50 bilhões.
As estimativas do mercado iam de R$ 12,50 bilhões a R$ 44,0 bilhões.
Composição
O resultado do setor público foi composto por um superávit primário de R$ 39,150 bilhões do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS); déficit primário de R$ 1,907 bilhão nos Estados e municípios; e déficit de R$ 360 milhões das empresas estatais. Isoladamente, os Estados tiveram superávit de R$ 1,735 bilhão e os municípios, déficit de R$ 3,642 bilhões.
Acumulado do ano
As contas do setor público consolidado acumularam um déficit primário de R$ 56,678 bilhões de janeiro a outubro de 2024, o equivalente a 0,59% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central. No mesmo período de 2023, o déficit acumulado era de R$ 82,281 bilhões.
O déficit no ano é composto por um saldo negativo de R$ 66,411 bilhões nas contas do Governo Central (0,69% do PIB), superávit de R$ 17,948 bilhões nos Estados e municípios (0,18% do PIB) e déficit de R$ 7,765 bilhões nas empresas estatais (0,08% do PIB).
Isoladamente, os Estados têm superávit de R$ 33,957 bilhões no acumulado do ano e os municípios, saldo negativo de R$ 16,460 bilhões.
Acumulado em 12 meses
O setor público consolidado apresentou déficit primário de R$ 223,521 bilhões no acumulado de 12 meses até outubro, o equivalente a 1,95% do PIB, informou o Banco Central. Até setembro, o déficit acumulado era de R$ 245,605 bilhões, ou 2,15% do PIB.
O resultado negativo em 12 meses é composto por um déficit de R$ 232,908 bilhões do governo central (2,03% do PIB), saldo positivo de R$ 40,228 bilhões nos Estados (0,35% do PIB), rombo de R$ 23,675 bilhões nos municípios (0,21% do PIB) e resultado negativo de R$ 7,166 bilhões nas empresas estatais (0,21% do PIB).