Felipe Baptista vence corrida sprint sob chuva e bagunça briga pelo título da Stock Car
Sob chuva no Autódromo de Interlagos, Felipe Baptista, da equipe Crown, foi o vencedor da corrida sprint da etapa final da temporada 2024 da Stock Car, em São Paulo. O jovem piloto foi competente na estratégia e conquistou a vitória em uma prova com pilotos rodando na pista e percalços nos boxes. Ricardo Zonta, da RCM, ficou em segundo, e Julio Campos, da Pole Motorsports, terminou em terceiro.
Líder do campeonato, Gabriel Casagrande terminou a corrida na quarta colocação. Felipe Massa chegou na quinta posição, seguido de Gaetano di Mauro, Dudu Barrichello, Rafael Suzuki, Enzo Elias e Arthur Leist.
Com o resultado, Casagrande se mantém na ponta, agora com 657 pontos. A disputa continua com outros quatro pilotos apenas para a corrida principal, neste domingo, às 14h. Campos aparece em segundo, com 827, Zona é o terceiro, com 824. Dudu e Massa completam a lista dos que chegam em condições de buscar o principal troféu, com 813 e 811 pontos, respectivamente.
Mesmo com a vitória, Felipe Baptista se despede, ao menos provisoriamente, da briga pelo título. Isso se deve ao fato de que há um julgamento em curso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do automobilismo. A Comissão Disciplinar reavaliará o caso nos próximos dias.
As equipes Crown e TMG foram punidas com a perda dos pontos da etapa do Velopark, em Nova Santa Rita (RS), realizada no início de setembro, por suposto descumprimento do regulamento sobre “uso de aditivos em pneus”. A desclassificação afetou Felipe Baptista, Enzo Elias (Crown), Felipe Massa e Rafael Suzuki (TMG). Caso os pontos sejam recuperados, a pontuação final pode mudar.
Por causa da chuva em Interlagos, a prova começou sob bandeira amarela com o safety car liderando o pelotão. A maioria dos pilotos começou com pneu de chuva, mas, logo na primeira volta, alguns optaram por mudar para os compostos de pista seca. Gaetano di Mauro, que largou na pole, se sustentou na liderança quando foi estabelecida bandeira verde.
Quando ainda restavam cerca de 20 minutos para a conclusão da prova, Ricardo Maurício e Daniel Serra, pilotos da Eurofarma, se tocaram no miolo do circuito e rodaram. O carro de Ricardo Maurício ficou parado e o safety car voltou para a pista.
A intensidade da chuva oscilava e deixou todos os membros das equipes apreensivos. Qualquer mudança de estratégia seria determinante neste contexto.
A relargada foi feita faltando 15 minutos. Então líder, Gaetano era pressionado por Ricardo Zonta, mas no fim da reta oposta, na descida do lago, rodou e despencou na classificação. A briga pela ponta ficou entre Zonta e Felipe Baptista.
Diante das circunstâncias da prova, grande parte dos pilotos decidiu fazer a parada obrigatória de boxes na mesma volta o que gerou alguns percalços. Thiago Camilo e Cacá Bueno dividiram a curva da saída do pit lane, e o pentacampeão da Stock derrubou alguns cones. O problema foi notado pela direção de prova que iniciou uma investigação. Pouco antes, Daniel Serra teve problema para parar seu carro e derrubou alguns membros da equipe no boxe.
Faltando dois minutos, Witold Ramasauskas, foi parar na caixa de brita e precisou abandonar. Thiago Camilo também não concluiu a prova por um problema no motor e recolheu o carro para os boxes. Suzuki ficou na liderança por uma sequência de voltas, mas ainda não havia feito a parada nos boxes, Felipe Baptista acompanhava à distância por já ter ido aos boxes. Quando os primeiros colocados pararam, ele tomou a ponta e conduziu com tranquilidade até ver a bandeira quadriculada.