Artistas e produtores culturais fazem ações para custear projetos

As ações de prevenção e combate ao coronavírus resultaram no adiamento ou cancelamento de todas as atividades culturais que estavam ocorrendo em Maringá. Com isso, muitos artistas, técnicos e produtores culturais ficaram sem nenhum tipo de renda e muitos deles são responsáveis pelas despesas não só de suas casas, mas também de espaços culturais. Como ainda não há previsão de quando a situação voltará ao normal, muitos deles estão organizando ações para captação de recursos, especialmente rifas e lives.

Uma delas está sendo organizada pela Maraka Produções e oferece como prêmio um sarau na casa do ganhador (ou em outro espaço indicado por ele) com apresentação do Maraka Trio, especializado em choro. O show pode ocorrer sem nenhum custo extra em um raio de até 100 km de Maringá. Fora dessa região, pede-se apoio nas despesas de viagem. São 200 números que estão sendo vendidos a R$20 cada. Os números podem ser adquiridos com os próprios artistas pelo WhatsApp: Rafael Marinho (44 99920-4960), Andro Gustavo (44 99840-5082) e Isaias Alves (44 98433-6680). O sorteio será no dia 31 de maio pelo Instagram: @marakaproducoes.

“A rifa foi uma alternativa para tentar amenizar os impactos dessa crise, recuperar algum recurso financeiro e principalmente garantir a manutenção do nosso projeto, que este ano conta com um espaço físico para nos reunir, ensaiar, produzir”, conta o músico Rafael Marinho. O trio foi convidado pela primeira vez para integrar a programação do Festival de Choro de Curitiba, que teria acontecido neste final de abril.

Espaços culturais

Outra iniciativa foi lançada pela Coletiva, centro cultural que também teve as atividades suspensas e agora precisa levantar recursos para pagar o aluguel e as despesas básicas (água, luz, telefone, internet e manutenção). Para esta ação foram criados três combos contendo obras cedidas por artistas pé vermelhos e cerveja artesanal. Os 300 números serão sorteados no dia 15 de maio às 20h no instagram @coletivamm. A venda ocorre pelo próprio Instagram da Coletiva, pela página da Coletiva no Facebook ou pelo WhatsApp (44) 9 9850-5443 (Pedro Marques).

“Esta é a primeira de algumas outras ações que estamos planejando, como uma campanha de financiamento coletivo, sempre com o intuito de oferecer como contrapartida produtos e serviços de artistas locais”, conta o coordenador de comunicação, Diogo Correa da Silva.

A Associação de Capoeira Centro Cultural Sucena, instituição cultural, social e desportiva que existe em Maringá desde 1989, é mantida por meio de aulas, oficinas e atividades coletivas voltadas à comunidade. Neste momento de paralisação, também vem enfrentando dificuldades para custear suas despesas básicas, pois não recebem nenhuma ajuda governamental. A sede está localizada no Parque das Palmeiras, onde se mantém viva a cultura popular afro-brasileira com aulas de capoeira e cultura popular. Mais 60 alunos são beneficiados pelos projetos desenvolvidos. Para ajudar, criaram uma rifa no valor de R$10 que pode ser adquirida pelos telefones (44) 99721-3299 ou 9 9995-2885 ou pelo Instagram: @grupo.sucena. O prêmio é um berimbau, um quadro e um quebra-cabeça infantil. O sorteio também será dia 15 de maio.

Rede de apoio

Em março deste ano foi criada a Rede de Apoio aos Trabalhadores das Artes de Maringá, que tem como objetivo captar recursos para ajudar artistas locais que tenham ficado sem nenhuma renda neste período de pandemia. A rede pode ser encontrada no Instagram @maringarede e aceita doações de forma direta. Também está vendendo por R$10 o livro “Robson”, do autor pioneiro A.A. de Assis. Considerado o primeiro livro de Maringá, publicado em 1959, foi relançado na Flim do ano passado pela editora A.R. Publisher.

A Rede já ajudou cercade 10 artistas e vem contribuindo na divulgação das ações promovidas diretamente pelos artistas.

As informações da 2 Coelhos Comunicação e Cultura.

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