Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

25 de abril de 2024

‘Sou médico, não juiz’, diz Drauzio sobre condenação da detenta Suzy


Por Isabela Palma Publicado 09/03/2020 às 12h16 Atualizado 23/02/2023 às 20h04
 Tempo de leitura estimado: 00:00

“Há mais de 30 anos, frequento presídios, onde trato da saúde de detentos e detentas. Em todos os lugares que pratico a Medicina, seja no meu consultório ou nas penitenciárias, não pergunto sobre o que meus pacientes possam ter feito de errado”, inicia a nota de esclarecimento publicada ontem, 8, pelo médico e jornalista, Dr. Drauzio Varella.

A nota foi divulgada em suas redes sociais, em referência à reportagem veiculada no dia 1º de março no programa Fantástico, em que abraçou a detenta trans Suzy Oliveira, gerando comoção nos telespectadores.

A reportagem tinha como assunto a situação de mulheres trans que cumprem suas penas em meio a presos homens, o que acarreta uma série de problemas. 

No fim de semana, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) compartilhou documentos judiciais alegando que Suzy teria sido condenada pelo estupro e homicídio de uma criança de nove anos de idade. A postagem gerou revolta nas redes sociais e críticas à Varella.

Em seu esclarecimento, o médico afirma não estar em posição de julgar os delitos de seus pacientes. “Sigo essa conduta para que meu julgamento pessoal não me impeça de cumprir o juramento que fiz ao me tornar médico. No meu trabalho na televisão, sigo os mesmos princípios. No caso da reportagem veiculada pelo Fantástico na semana passada (1º/3), não perguntei nada a respeito dos delitos cometidos pelas entrevistadas. Sou médico, não juiz”, lê-se na nota.

Há décadas o médico presta serviços voluntários em penitenciárias pelo país, emocionando com suas abordagens sensíveis. A sua ação de maior destaque foi retratada no livro Estação Carandiru, onde realizava atendimentos de saúde e prevenção da AIDS na Casa de Detenção Carandiru, nos anos 90.

Quer receber nossas principais notícias pelo WhatsApp? Se sim, clique aqui e participe do nosso grupo. Lembrando que apenas administradores podem enviar mensagens.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação