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18 de abril de 2024

Cachorrão prensado e pastel mini-ovo têm DNA maringaense


Por Isabela Palma Publicado 10/05/2020 às 10h00 Atualizado 23/02/2023 às 04h06
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Algumas cidades e Estados possuem comidas que caracterizam a sua região. O barreado (ou carne barreada), por exemplo, é um prato típico do litoral paranaense assim como o acarajé está para a Bahia. Para comemorar o aniversário de Maringá, conheça as comidas que possuem um lugar especial no coração – e no gosto – dos maringaenses.

  • CACHORRÃO

Se perguntar a um maringaense, em qualquer lugar no mundo, qual o lanche típico de Maringá, quase por unanimidade a resposta será a mesma: o cachorrão. Houve até uma lei para transformar o lanche em patrimônio gastronômico da cidade – apenas para oficializar o que já é consenso entre os moradores.

Ao GMC Online, em agosto do ano passado, Romildo Bossoni, dono da Bossoni Alimentos, disse que até 1995 os cachorrões eram feitos com um pão menor e não eram prensados. Ele então, teve a ideia de criar um pão um pouco maior para dar uma “revigorada” no sanduíche.

A empresa de Bossoni é fornecedora de várias lanchonetes da cidade. Segundo o proprietário, cerca de 80% da produção de 100 mil pães por mês fica em Maringá e o restante vai para fora.

Acompanhado por molhos diferentes, sejam eles coloridos ou mais tradicionais, como a adorada maionese verde, há uma diversidade de recheios para saborear. O maringaense não mede esforços na hora de inovar, chegando a criar um ‘dogão’ doce, com coração de frango e até com peixe!

Confira o guia definitivo do cachorrão maringaense e aprenda a fazer em casa.

  • PASTEL

Outra criação da cidade, queridinho dos maringaenses, é o pastel “enrolado”. O que muita gente não sabe, é que o seu formado ‘compridinho’ foi inspirado na linguiça. Os responsáveis por essa mudança de formato foram Luisa e Roberto Toshinobu Koyama, ainda na década de 70.

Em entrevista ao GMC, em junho de 2019, Cristiane Koyama, filha do casal e sócia-proprietária do Pastel do Roberto’s, explico a inspiração para a novidade.

“Eles queriam criar pastéis com sabores diferentes e se inspiraram no sabor e formato característicos da linguiça”. Segundo ela, a carne é colocada ainda crua no salgado e frita junto com o pastel. “Por isso fica o pastel fica com um caldinho”, ressaltou.

Assim como o ‘dogão’, o pastel criado em Maringá também superou os limites da cidade. Cristiane relata que o sucesso étão grande, que pessoas de outros Estados já vieram em busca desse pastel diferente.

“Teve uma mulher do Mato Grosso que comeu aqui uma vez. Ela ficou grávida e estava com desejo de enroladinho, mas não encontrou em lugar nenhum. Veio de lá para cá só para buscar 20 enroladinhos”, lembra.

  • O MAIS PEDIDO

Agora, você sabe qual é o recheio de pastel preferido dos maringaenses? Acertou quem pensou em: mini-ovo. Segundo os proprietários das barracas de pastel da Feira do Produtor, realizada no estacionamento do estádio Willie Davids, esse é o sabor mais pedido pelos clientes.

Feito com carne moída, metade de um ovo e queijo mussarela, essa é mais uma invenção do casal Koyama.

“Na época só havia pastel de carne e de queijo. Só que meu pai notou que ia numa sorveteria, por exemplo, e havia vários sabores disponíveis. Então ele e a esposa resolveram criar novos sabores de pastel. Foi daí que surgiu o ‘mini ovo’ e o ‘enroladinho'”, explica filha Cristiane.

O adorado recheio é difícil de encontrar em feiras de outras cidades. Professor e pesquisador de História da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Christian Fausto, explica que geralmente o nome de alguns alimentos é disseminado e mantido graças a uma tradição oral – como é o caso do “mini-ovo”, que tomou conta de todas as feiras da cidade.

É seguro dizer que com oficialização de projeto de lei ou não, essas três comidas são patrimônios da cidade e estão no DNA de todo maringaense, tanto os que nasceram aqui, quanto os que o são de coração.

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