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19 de abril de 2024

Pilsen e IPA lideram a produção de cerveja artesanal do Paraná


Por Redação GMC Publicado 06/05/2019 às 13h03 Atualizado 21/02/2023 às 11h31
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O Mapeamento das Cervejarias Artesanais do Paraná 2018 aponta que os estilos mais produzidos pelo setor são Pilsen (23,07%) e IPA (19,23%). Os outros estilos são APA (16,92%), Lager e Weiss (13,07%), Porter (4,61%), Witbier (3,07%), Stout e Red Ale, ambas com 2,30%, e Red Lager, Golden Strong Ale, Abadia e outras com 2,36%.

O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (3), no Salão Paranaense de Turismo, que aconteceu no Expo Unimed, em Curitiba. O mapeamento pelo projeto do Sebrae/PR, Associação das Microcervejarias do Paraná (Procerva) e a Faculdade Guairacá.

Os dados foram colhidos de setembro a novembro de 2018, com 64 empresas que possuem fabricação em planta própria no Estado, com registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

No estudo foram identificados a localização das empresas, o perfil socioeconômico dos empreendedores, os principais estilos produzidos, a capacidade produtiva instalada, o tempo de atuação, o nível de inovação nos empreendimentos, quem são os fornecedores, os canais de distribuição, entre outras informações.

O levantamento, realizado dentro do projeto de Potencialização das Cervejarias Artesanais do Sebrae/PR, teve a Faculdade Guairacá, de Guarapuava, como a responsável pela validação dos dados.

“O mapeamento é necessário para que o Sebrae/PR acompanhe a evolução do setor e determine soluções estratégicas a serem ofertadas para as empresas do segmento. O estudo também poderá ser utilizado por empresários e instituições ligadas ao setor para analisar o mercado, com o objetivo de identificar onde está a maior concentração de cervejarias artesanais, quais são os estilos mais vendidos e regiões com potencial de expansão”, avalia a consultora do Sebrae/PR, Daniele Machado.

Para o presidente da Associação das Microcervejarias do Paraná (Procerva), Anuar Tarabai, o mapeamento mostra crescimento do setor e o significado que tem na economia, pela geração de emprego e renda.

“Os dados reforçam para a sociedade que é um setor em ascensão e que veio para ficar. Serve ainda como um balizador para os empresários, que podem nortear suas ações no mercado”, comenta Tarabai.

A maioria (42,20%) das empresas produtoras de cerveja artesanal no Estado empregam entre 1 e 5 colaboradores, 26,56% não geram postos de trabalho, 20,31% empregam entre 10 a 15 profissionais e 4,68% têm mais de 16 colaboradores.

O estudo aponta que a região de Leste possui 41,02% das cervejarias artesanais do Paraná, seguida pela região Norte (23,08%), região Centro (20,51%) e região Oeste (8,97%). As regiões Sul e Sudoeste abrigam 3,85% e 2,57% dos empreendimentos, respectivamente.

A produção da cerveja ocorre, na maioria, 90,19%, em fábrica própria. Apenas 9,81% utilizam fábrica de terceiros para produzir ou complementar a produção mensal, caso necessário.

Quase 30% dos entrevistados responderam que envasam para os chamados “ciganos”, que são aqueles que não possuem uma fábrica própria.

A maioria dos empresários envolvidos na produção de cerveja artesanal no Paraná tem nível superior completo (62,05%), 31,25% possuem pós-graduação ou mestrado e 6,25% ensino médio. A maioria (39,06%) dos iniciou na atividade como hobby e virou um negócio, 9,37% viram o setor como uma oportunidade e 35,95% queriam investir em um empreendimento.

A produção mensal é diversificada com 29,68% produzindo entre 2.001 a 5.000 litros. Outros 21,90% ultrapassam os 200.000 litros ao mês. No que se refere ao envase, a maioria (65,95%) opta pelo barril, 31,91% pelo envase em garrafa e 2,12% pelo envase em lata.

Insumos

A compra de insumos para a produção da cerveja artesanal é realizada, na maioria das vezes, com 36,19% de fornecedores de outros Estados, 34,28% importados, 24,76% adquirem no Paraná e apenas 4,76%, regionalmente.

Com relação à quantidade de rótulos (estilos), 40,62% comercializaram mais de 8 rótulos nos últimos 12 meses, 29,68% entre 2 e 4 rótulos e 23,45% entre 5 e 8 rótulos.

A maioria dos empresários (60,60%) realiza a própria venda dos produtos, 18,18% apostam no distribuidor, 16,16% têm representante comercial. Outros canais como lojas on-line, e-commerce e delivery foram citados por 5,06% dos entrevistados.

Bares e restaurantes estão entre os locais mais citados de vendas dos produtos (35,80%), seguido pela venda direta ao consumidor (33,33%), empórios e lojas especializadas (19,75%) e supermercados 11,12%.

A comercialização da cerveja artesanal ocorre na maioria das vezes regionalmente. 38,46% dos entrevistados afirmaram ter alcance regional, 32,30% nacional e estadual (18,46%). 3,08% possuem cervejas sendo exportadas e 7,70% vendem localmente.

Com relação à inovação, 43,05% investiram em inovação na área de processos de produção, 16,66% em produtos, 9,72% em marketing e em serviços 2,80%. A tributação que incide sobre o setor é apontada como a principal vilã pelos empresários (38,52%), seguida pela falta de incentivos fiscais (22,95%), falta de recursos financeiros (14,75%) e falta de planejamento (13,15%).

Com informações assessoria

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