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19 de abril de 2024

Autorizado pela Prefeitura, setor musical se adapta em Maringá


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 02/06/2020 às 22h43 Atualizado 22/02/2023 às 21h35
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O Hellington Lopes sabe bem como o coronavírus impactou na vida noturna de Maringá. Ele é empresário de uma tradicional casa de samba e também é músico. Antes mesmo do primeiro decreto municipal, fechou o local de trabalho. Entre março até agora, pediu empréstimo para bancos e inscreveu a empresa dele na Medida Provisório do Governo Federal – que paga parte do salário dos funcionários.

Nesta semana, o estabelecimento volta com a programação. E será diferente. Como o horário limite é às 22h, vai fazer happy hour de quinta a sábado, oferecendo caldos. E também deve ofertar almoço.

“Temos que nos readaptar. Vamos trabalhar com uma sequência de caldos agora no inverno, escondidinho, lanches grelhados e porções. Com relação ao número de funcionários, a gente trabalhava no nosso espaço com cerca de 15 pessoas, entre músicos, técnicos de som, segurança, garçons, copeiros, cozinheiras. Logicamente estamos com isso reduzido, a maioria deles eram freelancers. Por enquanto, vamos trabalhar por 5 ou 6 horas no máximo. Não vamos deixar nosso se perder nesse momento tão difícil e preservar nossa alegria, nossa sanidade mental, e a música ajuda a gente nesse momentos” destaca.

O novo coronavírus mudou tudo e no mundo todo. Em Maringá, não foi diferente. Os artistas sentiram o impacto da doença. Sem trabalho, muitos deles organizaram ações em busca de dinheiro para amenizar nas contas. Na semana passada, após uma reunião entre a classe e a Prefeitura de Maringá, o município permitiu o retorno de música ao vivo nos estabelecimentos.

Mas há limite de horário, de número de público.

Ronaldo Gravino, que vive tocando em bares e restaurantes, diz que ainda há apreensão. E que, nesse momento, o artista abriu mão de receber cachê fixo. Prefere receber o chamado couvert – o preço que o cliente paga quando está no estabelecimento. 

“Os bares estão prontos, os proprietários estão se adequando ao protocolo. Os músicos muito mais apreensivos, porque ficaram mais de 60 dias sem trabalhar, sem pagar as contas. A vida está muito difícil, a gente está se reinventando. Estamos vivendo em um mundo de incertezas. Estamos agradecidos com essa ação que envolveu os músicos de bares de Maringá que conversaram com o prefeito, que deu certo. Agora vamos fazer com que seja sucesso e a vida volte ao normal”, frisa.

Embora a situação para os músicos que tocam em bares esteja começando a melhorar, quem faz eventos ainda não tem sentido a procura de trabalho. Foi o que disse a cantora Viviane Foss, do 2 Colors.

“Nós estamos tendo bastante procura agora por conta do Dia dos Namorados, dia 12, e o feriado do dia 11. Mas, no  geral, pelo menos para nós, do 2 Colors, está um pouco devagar. Até porque, o nosso foco era mais eventos, casamento, aniversário, formatura, o que ainda não voltou a acontecer na cidade. Para nós, ainda está bem devagar, e não dá para dizer como vai ficar ainda. A gente tem bastante músico na cidade, então até começar a atender a demanda, acho que vai um tempo”, afirma.

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