Compra solidária fortalece horta comunitária da Vila Esperança
Desde o começo do ano, produtores da horta comunitária Vila Esperança, em Maringá, têm uma nova parceria para tocar o cultivo de hortaliças e legumes. É que um grupo de funcionários voluntários da Copel organizou a compra coletiva regular dos produtos, acabando com a incerteza que havia antes, quando a venda era realizada apenas aos consumidores que visitam o local.
A horta foi implantada pelo programa Cultivar Energia, que incentiva a atividade em áreas embaixo de linhas de alta tensão da empresa. O município foi pioneiro no programa e hoje tem três hortas em funcionamento, que reúnem cerca de 120 famílias. Nas três unidades – Vila Esperança, Itaipu e Canção – os produtores recebem apoio técnico da prefeitura municipal e orientações de segurança por parte da Copel.
A ideia de formar um grupo de compra solidária para os produtos surgiu em uma visita técnica realizada à horta Vila Esperança em fevereiro deste ano, em que o técnico de segurança Clebis Bruno ministrou uma palestra sobre prevenção de acidentes. Na conversa com os agricultores, a coordenação do programa identificou o potencial para atendimento a um número maior de consumidores, e a possibilidade atraiu a atenção de um grupo que atua em atividades voluntárias na Copel, em Maringá.
De lá pra cá, foram formados dois grupos de 25 pessoas, que compram quinzenalmente as sacolas, contendo sete tipos diferentes de hortaliças e legumes. Além das verduras, a horta já conseguiu comercializar 300 quilos de mandioca entre os funcionários da Copel. E a sustentabilidade é pensada até nos detalhes: a entrega dos produtos é feita em sacolas retornáveis, confeccionadas com banners que, de outra forma, seriam descartados.
De acordo com a coordenadora da Comissão Interna Socioambiental da Copel na região, Elisa Kazue Tanaka Nagahama, afirma que a parceria beneficia tanto os funcionários da Copel e suas famílias, quanto as famílias participantes da horta, e reúne condições para ser facilmente replicada: “quem recebe as sacolas está muito feliz, com verduras frescas; e o pessoal da horta está ainda mais feliz, pois consegue vender a sua produção com regularidade”, comemora.
E o próximo passo do trabalho conjunto já está no horizonte. O técnico florestal Milton Figueiredo estuda a possibilidade de montar uma composteira na horta. “Já fizemos contato com uma empresa júnior da Universidade Estadual de Maringá, para verificar a viabilidade e melhor forma de instalação, pois isso permitiria utilizar as folhas, terra e restos dos canteiros para produzir adubo orgânico e enriquecer a terra”, planeja.
Cultivar Energia
O programa Cultivar Energia existe desde 2013, e tem como objetivo a implantação de hortas comunitárias em imóveis sob linhas de energia da Copel, em parceria com prefeituras municipais. Com ênfase em responsabilidade social, o foco desta iniciativa é a segurança alimentar e a geração de renda para comunidades, contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Além de Maringá, hoje o programa possui hortas implantadas em Ponta Grossa e Cascavel, ultrapassando 15.000 m² disponíveis para o cultivo. Atualmente, está em tramitação a implantação de três novas áreas, em Cascavel e Curitiba.
