Eles são barrados no raio-x do aeroporto; veja fotos
Tesouras, materiais inflamáveis, frascos de perfume em forma de granada e até uma bala de fuzil estão entre os pertences que não seguem viagem no aeroporto de Maringa: acabam na caixa de descarte depois de identificados pelo raio-x. A retenção dos objetos está prevista pelas normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Todos os dias, mais de 800 pessoas embarcam no aeroporto e muitas delas acabam surpreendidas portando algum objeto proibido a bordo das aeronaves. Perfumes, sprays de cabelo, acetonas, simulacro de arma, bebidas sem rótulos e socos ingleses se avolumam na caixa, esvaziada a cada dez dias pela administração do aeroporto.
“A maior parte dos usuários é relutante em deixar os pertences, porque estão se desfazendo de um bem”, afirma o gerente de Segurança da Aviação Civil, Luiz Carlos Braz da Silva.
Além dos materiais da caixa de descarte, a administração também é responsável pelos ′achados e perdidos′ na área do aeroporto.
Roupas, garrafas de água reutilizáveis, livros e malas são encontradas com frequência. Quando é possível identificar os proprietários, no caso de celulares, tablets e documentos pessoais, a administração entra em contato para fazer devolução. Objetos que ficam no local por mais de 90 dias e os da caixa de descarte são doados para entidades sem fins lucrativos.
Objetos e materiais considerados mais suspeitos têm encaminhamentos diferentes e, de acordo com a procedência e a categoria, chegam à Polícia Federal (armas e drogas) a Receita Federal (contrabando), Anvisa (medicamentos) e a outros órgãos, de acordo com as circunstância e gravidade do produto transportado ilegalmente.
Em 2017, duas situações chamaram atenção pela gravidade: a apreensão de quase 30 quilos de cabelo humano sem certificação e o contrabando de pássaros da raça Curió (exemplares chegam a custar mais de R$ 100 mil). O despacho de ambas as cargas foram frustrados pela equipe de segurança interna.
